Equipes da
Secretaria de Saúde de Campinas desencadearam todas as ações
necessárias para conter um foco de raiva no Jardim Nossa
Senhora Auxiliadora, localizado na área de abrangência do
Centro de Saúde Taquaral, na região Leste de Campinas.
O bloqueio,
iniciado na semana passada, foi desencadeado após diagnóstico
positivo de raiva de um morcego frugívoro – que se alimenta
de frutos - encontrado no quintal de uma casa daquele bairro.
As ações
incluem vacinação de cães e gatos num raio de 500 metros da
casa, orientação à população quanto aos riscos e sintomas
da doença, importância da vacinação e esclarecimentos sobre
como proceder no caso de encontrar morcegos em situação
anormal – durante o dia, caído ou morto etc.
O trabalho é
desenvolvido por profissionais do CCZ (Centro de Controle de
Zoonoses), em conjunto com trabalhadores do Centro de Saúde
Taquaral.
O CCZ orienta
que, em hipótese nenhuma, deve-se tocar em morcego. Este animal
pode transmitir raiva. A iniciativa correta, caso seja
encontrado morcego em situação anormal – durante o dia, caído,
vivo ou morto -, é informar a equipe de saúde da família, o
CS mais próximo ou o CCZ.
Epizootia -
Campinas enfrenta epizootia de raiva em herbívoros desde 2000,
quando a doença atingiu animais no Distrito de Joaquim Egídio,
na região Leste da cidade. Em 2001, a doença atingiu também
Sousas e a área rural do Taquaral, quando a Secretaria de Saúde
confirmou 30 casos de raiva, distribuídos entre bovinos, eqüinos
e quirópteros - morcegos. Em 2002, já foram confirmados 24
casos em herbívoros e um em morcego.
A ocorrência
da doença em animais que convivem próximos ao ser humano
aumenta a probabilidade da doença, sempre fatal, atingir o
homem. Por isso, é importante que as pessoas também informem
sua equipe de saúde da família, o Centro de Saúde, o CCZ ou o
Escritório de Defesa Animal se algum animal morrer com suspeita
de raiva ou por outro motivo desconhecido.
Controle - O
controle da raiva em herbívoros deve ser feito por meio de
vacinação do rebanhos e do controle da população de
morcegos. A vacinação em animais de grande porte é de
responsabilidade do proprietário. Em áreas onde ocorre
epizootia a revacinação é obrigatória e deve ser feita a
cada seis meses.
Outra medida
importante no controle da raiva é a vacinação de cães e
gatos. Em Campinas, a Prefeitura realiza campanha de vacinação
contra a raiva para estes animais todo ano. Além disso, o
Centro de Controle de Zoonoses mantém a vacinação durante
todo ano. A vacinação é grátis. É muito importante que a
população leve também os gatos para serem vacinados.
Este ano, a
Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal no município começa
no segundo final de semana de setembro (14 e 15) e se estende
para os quatro finais de semana seguintes. A expectativa é
vacinar mais de 102 mil animais entre cães e gatos.
Em 2001, foram
vacinados 102.504, sendo 94.076 cães e 8.458 gatos. Além
disso, para cada caso de raiva animal notificado foi realizada
vacinação intensiva de cães e gatos em toda região de abrangência
da propriedade em que houve o caso.
Além da vacinação,
é importante que a população contribua para diminuir o número
de animais abandonados que perambulam pelas ruas da cidade e
evite crias indesejáveis. As crias podem ser evitadas prendendo
a fêmea no cio ou por meio da castração.
Este ano, a
vacinação anti-rábica em Campinas será em setembro, nos dias
14 e 15, na Região Sul, 21 e 22, na Região Sudoeste, 28 e 29,
na Região Leste e, em outubro, nos dias 5 e 6 , na Região
Norte, e 19 e 20, no Distrito Noroeste.