Equipes
do Distrito de Saúde Norte visitam na manhã desta
sexta-feira, 4 de julho, a Emei (Escola Municipal de Educação
Infantil) Agostinho Pátaro, em Barão Geraldo, para orientar
pais, professores e alunos sobre cuidados com a meningite.
A ação está
sendo desencadeada porque um aluno da escola, um menino de
cinco anos, contraiu a doença. Ele foi internado na tarde da
última quarta-feira, 2 de julho, na Casa de Saúde com dor de
cabeça, vômito e febre. O serviço informou que o garoto
passa bem, não tem mais febre e não apresenta outros
sintomas.
De acordo com
a enfermeira Kênnia Linhares, coordenadora da Vigilância em
Saúde do Distrito Norte, não há indicação para bloqueio
deste caso até momento. Kênnia diz que é importante que as
pessoas não fiquem alarmadas com a suspeita. O caso só se
tornou público, segundo a enfermeira, porque as pessoas da
escola ficaram apavoradas e não seguiram as orientações
fornecidas pela vigilância.
Comuns no
inverno
As meningites
são mais comuns durante o inverno, quando as pessoas ficam
agrupadas em locais fechados, sem ventilação. É uma inflamação
das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e
medula espinhal. Pode ser causada por diferentes micróbios
como bactérias, vírus e fungos. A doença atinge, em 70% dos
casos, crianças menores de 5 anos.
Algumas
formas de meningite são contagiosas. As bactérias são
transmitidas pela tosse ou espirro do paciente, através de
secreções expelidas pelo trato respiratório (nariz e boca).
Para que esta transmissão ocorra, há necessidade de contato
direto com a pessoa doente. Dentre as bactérias, o
meningococo é comum e tem importância pela possibilidade de
causar surtos e epidemias e porque causa morte e seqüelas.
O meningococo
não sobrevive no meio ambiente, fora do corpo humano. Nem
todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o
organismo se defende com os anticorpos que cria por meio do
contato com essa bactéria, adquirindo resistência à doença.
Sinais e
sintomas
No início do
quadro, a meningite pode não ser de fácil diagnóstico, pois
os sintomas podem ser semelhantes aos da gripe. Podem
apresentar-se em dois dias, mas às vezes ocorrem em poucas
horas.
A orientação,
segundo Kênnia, é que os pais e educadores estejam atentos
aos sintomas de meningite, principalmente em casos de crianças
menores de cinco anos. Os primeiros sinais são febre alta
acompanhada de um ou mais sintomas como náusea, vômito, dor
de cabeça e rigidez na nuca.
"Em caso
de suspeita da doença, deve-se procurar assistência médica
imediatamente para que o tratamento ofereça bons
resultados", informa Kênnia. Ela orienta responsáveis
pela criança que comuniquem o serviço de saúde pública
mais próximo se a criança tiver suspeita de meningite.
Nestes casos, o serviço adotará as providências e fará
bloqueio nas eventuais indicações.
Se houver
confirmação da doença, dependendo do agente infeccioso, o
tratamento é feito à base de antibióticos. A hospitalização
pode ser necessária em alguns casos.
A enfermeira
diz ainda que crianças que tiverem meningite não devem ser
evitadas e, após recuperação, podem voltar a freqüentar a
escola normalmente.
E lembra –
"O meningococo não sobrevive no ar ou nos objetos.
Portanto, não feche escolas ou creches quando ocorrer um caso
de meningite entre os alunos. Objetos de uso individual do
doente não devem ser inutilizados. Basta a limpeza normal. No
caso da criança conviver em creches e escolas, cada uma deve
ter o seu objeto de uso pessoal – como escovas, canecas etc
- e a instituição orientar seu uso", diz.