O Ministério
da Saúde acaba de anunciar um investimento de R$ 193 milhões
para a implantação e ampliação de serviços de
atendimento móvel de urgência e emergência. O objetivo é
incentivar a criação de serviços que prestam assistência
pré-hospitalar móvel em 238 municípios brasileiros com
mais de 100 mil habitantes que são pólos do SUS (Sistema
Único de Saúde). Atualmente, apenas 11 cidades
brasileiras, incluindo Campinas, prestam assistência nestes
moldes.
O anúncio
foi feito em Campinas pelo ministro da Saúde, Humberto
Costa. O ministro esteve na cidade, juntamente com o secretário
executivo do Ministério, Gastão Wagner de Sousa Campos,
para inaugurar o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) da
Região Sudoeste e o novo Centro de Oncologia do Hospital
Municipal Mário Gatti.
De acordo
com Gastão Wagner, os municípios devem se credenciar para
receber a verba a partir de agosto. Para isto devem
apresentar plano ou elaborá-lo em conjunto com o Ministério
da Saúde. O projeto prevê recursos para serem investidos
em estrutura e recursos humanos e vai disponibilizar 1 ambulância
básica para cada grupo de 100 mil habitantes, além de uma
ambulância com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para cada
350 mil.
Samu
– A população de Campinas já conta com o Samu (Serviço
de Atendimento Médico de Urgência), que atua neste modelo
proposto pelo Ministério, há oito anos. A unidade, da
Prefeitura, presta atendimento de urgência e emergência no
local onde o cidadão se encontra e, se necessário, após
estabilizar a vítima, transporta-a para um serviço médico.
O Samu é
referência nacional e internacional. A revista Brasil Saúde
apontou o serviço de Campinas, na edição de abril/maio,
como modelo juntamente com o de Porto Alegre e outros da
Espanha, França e Argentina.
O Samu
recebe 5 mil solicitações por mês e ainda realiza o
transporte de 2.500 pacientes crônicos, que, sem recursos
próprios, carecem de ser transportados para serviços de
hemodiálise, fisioterapia e quimioterapia. O custo mensal
do Samu é de R$ 419 mil mensais.
De acordo
com o médico emergencista José Roberto Hansen, coordenador
do Samu, com o programa do Ministério, a Prefeitura de
Campinas vai concluir a ampliação e renovação da frota,
medidas que já estavam em andamento. "O Ministério
ainda vai custear, como prevê o programa, metade das
equipes do serviço", afirma. Atualmente a frota do
Samu é composta por 11 ambulâncias básicas e 3 UTIs.