Ministro Humberto Costa anuncia em Campinas programa que prevê atendimento móvel de urgência e emergência em 138 municípios

14/07/2003

O Ministério da Saúde acaba de anunciar um investimento de R$ 193 milhões para a implantação e ampliação de serviços de atendimento móvel de urgência e emergência. O objetivo é incentivar a criação de serviços que prestam assistência pré-hospitalar móvel em 238 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes que são pólos do SUS (Sistema Único de Saúde). Atualmente, apenas 11 cidades brasileiras, incluindo Campinas, prestam assistência nestes moldes.

O anúncio foi feito em Campinas pelo ministro da Saúde, Humberto Costa. O ministro esteve na cidade, juntamente com o secretário executivo do Ministério, Gastão Wagner de Sousa Campos, para inaugurar o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) da Região Sudoeste e o novo Centro de Oncologia do Hospital Municipal Mário Gatti.

De acordo com Gastão Wagner, os municípios devem se credenciar para receber a verba a partir de agosto. Para isto devem apresentar plano ou elaborá-lo em conjunto com o Ministério da Saúde. O projeto prevê recursos para serem investidos em estrutura e recursos humanos e vai disponibilizar 1 ambulância básica para cada grupo de 100 mil habitantes, além de uma ambulância com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para cada 350 mil.

Samu – A população de Campinas já conta com o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), que atua neste modelo proposto pelo Ministério, há oito anos. A unidade, da Prefeitura, presta atendimento de urgência e emergência no local onde o cidadão se encontra e, se necessário, após estabilizar a vítima, transporta-a para um serviço médico.

O Samu é referência nacional e internacional. A revista Brasil Saúde apontou o serviço de Campinas, na edição de abril/maio, como modelo juntamente com o de Porto Alegre e outros da Espanha, França e Argentina.

O Samu recebe 5 mil solicitações por mês e ainda realiza o transporte de 2.500 pacientes crônicos, que, sem recursos próprios, carecem de ser transportados para serviços de hemodiálise, fisioterapia e quimioterapia. O custo mensal do Samu é de R$ 419 mil mensais.

De acordo com o médico emergencista José Roberto Hansen, coordenador do Samu, com o programa do Ministério, a Prefeitura de Campinas vai concluir a ampliação e renovação da frota, medidas que já estavam em andamento. "O Ministério ainda vai custear, como prevê o programa, metade das equipes do serviço", afirma. Atualmente a frota do Samu é composta por 11 ambulâncias básicas e 3 UTIs.

 

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