A Secretaria de
Saúde de Campinas vai reforçar a fiscalização do comércio
de água mineral em áreas de serviço de postos de combustíveis.
Estes locais não estão licenciados pela Vigilância Sanitária
para a comercialização de alimentos e de qualquer produto
alimentício.
De acordo com
a Abinam (Associação Brasileira da Indústria de Águas
Minerais), o consumo de água mineral de garrafão plástico
retornável no Brasil já chega a 57%. E, segundo a mesma
associação, a comercialização deste item nos postos de
combustíveis também vem crescendo.
Segundo a técnica
de alimentos Eliane Anichiarico, da Visa Leste, os garrafões
retornáveis de água mineral natural são suscetíveis a
contaminações se armazenados ou manipulados de forma
inadequada. "No caso do posto de combustível um respingo
ou mesmo a manipulação do frentista pode contaminar o
produto com substâncias químicas", afirma.
Além disso,
afirma Eliane, se produto ficar exposto ao sol, pode favorecer
a proliferação de algas. A técnica diz ainda que os galões
não podem estar colocados diretamente no chão, nem em postos
de combustíveis nem em qualquer outro depósito.
"Se a
vigilância constatar o comércio de galões de água em áreas
de serviço de postos, o produto será apreendido e
inutilizado", diz Eliane.
O reforço
que está sendo implementado em Campinas atende a resolução
do Centro de Vigilância Sanitária Estadual. No entanto, a
questão da fiscalização de água mineral natural já tem
sido foco da Secretaria de Saúde de Campinas conforme
determina resolução RDC-54 da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária).
Ao adquirir o
produto, o consumidor deve observar se os galões não estão
armazenados no chão, se o rótulo traz informações como
procedência, data de envase e validade, licença no Ministério
da Saúde e no Ministério das Minas e Energia e quantidade de
minerais. Ao constatar qualquer irregularidade, a pessoa pode
denunciar a situação à Vigilância Sanitária pelo 156 da
Prefeitura ou nas Vigilâncias Sanitárias dos Distritos de Saúde.