Denize Assis
A Vigilância
em Saúde (Visa) de Campinas informou nesta quarta-feira,
14 de julho, que exames laboratoriais confirmaram a presença
de Mycobacterium não tuberculosis, que
causa infecção localizada, em mais 2 pessoas que se
submeteram a cirurgias plásticas para implantes mamários
de silicone em Campinas. Com isso, o número total de
casos confirmados subiu para 14.
Até o
momento, foram notificados 40 casos de pacientes de
Campinas que tiveram problema. Além das 14 notificações
em que foi comprovada a presença de Mycobacterium não
tuberculosis, há outros 10 possíveis, com quadro clínico
compatível, porém sem comprovação laboratorial. Também
foram registrados seis casos de infecção por outras bactérias,
quatro casos de complicações pós-cirúrgicas não
infecciosas e seis que ainda estão com avaliação
inconclusiva porque os dados ainda estão sendo coletados.
Todos os
casos são de pacientes que fizeram cirurgia antes de
abril, quando a Saúde Coletiva de Campinas notificou o
surto. Desde então, a Secretaria Municipal de Saúde, em
parceria com a Secretaria de Estado da Saúde e com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem feito
investigação criteriosa para identificar a fonte de
infecção.
"Até
o momento não foram concluídas as análises que estão
sendo realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz e Escola
Paulista de Medicina", informou o médico sanitarista
Vicente Pisani Neto, da Vigilância em Saúde de Campinas.
Segundo
Vicente, para descobrir a fonte de contaminação que
causou o surto, as autoridades sanitárias investigam
procedimentos cirúrgicos específicos, prontuários médicos
das pacientes submetidas ao implante mamário, documentos
de controle de infecção hospitalar e técnicas de
esterilização das clínicas e hospitais e os produtos
utilizados (próteses e medidores). De acordo com Vicente,
as variáveis que cercam a investigação são inúmeras,
o que dificulta a conclusão.