Vigilância em Saúde confirma mais dois casos de infecção em pessoas que colocaram silicone

14/07/2004

Denize Assis

A Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas informou nesta quarta-feira, 14 de julho, que exames laboratoriais confirmaram a presença de Mycobacterium não tuberculosis, que causa infecção localizada, em mais 2 pessoas que se submeteram a cirurgias plásticas para implantes mamários de silicone em Campinas. Com isso, o número total de casos confirmados subiu para 14.

Até o momento, foram notificados 40 casos de pacientes de Campinas que tiveram problema. Além das 14 notificações em que foi comprovada a presença de Mycobacterium não tuberculosis, há outros 10 possíveis, com quadro clínico compatível, porém sem comprovação laboratorial. Também foram registrados seis casos de infecção por outras bactérias, quatro casos de complicações pós-cirúrgicas não infecciosas e seis que ainda estão com avaliação inconclusiva porque os dados ainda estão sendo coletados.

Todos os casos são de pacientes que fizeram cirurgia antes de abril, quando a Saúde Coletiva de Campinas notificou o surto. Desde então, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem feito investigação criteriosa para identificar a fonte de infecção.

"Até o momento não foram concluídas as análises que estão sendo realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz e Escola Paulista de Medicina", informou o médico sanitarista Vicente Pisani Neto, da Vigilância em Saúde de Campinas.

Segundo Vicente, para descobrir a fonte de contaminação que causou o surto, as autoridades sanitárias investigam procedimentos cirúrgicos específicos, prontuários médicos das pacientes submetidas ao implante mamário, documentos de controle de infecção hospitalar e técnicas de esterilização das clínicas e hospitais e os produtos utilizados (próteses e medidores). De acordo com Vicente, as variáveis que cercam a investigação são inúmeras, o que dificulta a conclusão.

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