Talita El
Kadri
A
Secretaria de Saúde de Campinas promove no próximo dia 5
de agosto, das 13h30 às 17h, no Salão Vermelho da
Prefeitura, um seminário de atualização em meningite e
doença meningocócica. O objetivo é alertar todos os médicos
e enfermeiros, tanto da rede municipal de saúde como de
serviços particulares, quanto à importância do diagnóstico
precoce, tratamento da doença, notificação dos casos e
identificação do tipo de meningite. O evento é gratuito
e as inscrições podem ser feitas na hora.
No seminário
vão ser abordados ainda a forma de prevenção das
meningites, a epidemiologia da doença – ocorrência,
transmissão, periodicidade de incidência e faixa etária
mais atingida – e a situação epidemiológica no
Estado, região e município de Campinas. O médico
infectologista Luiz Jacintho da Silva, da Secretaria de
Estado da Saúde, e o médico Rodrigo Angerami,
infectologista da Secretaria Municipal de Saúde serão os
palestrantes. Após as exposições haverá debate.
De acordo
com a enfermeira sanitarista da saúde coletiva de
Campinas, Brigina Kemp, os últimos óbitos de meningite
meningocócica, em julho, elevaram a letalidade da doença
na cidade. Por este motivo, o foco principal do seminário
será o diagnóstico precoce e o tratamento para a doença,
com a intenção de amenizar esse quadro. "O diagnóstico
no início da meningite meningocócica aumenta bastante,
de forma importante, a possibilidade de cura",
afirma.
De acordo
com o último informe técnico da Vigilância em Saúde de
Campinas, divulgado na semana passada, desde 1997 o
coeficiente de incidência da doença meningocócica vem
diminuindo no município de Campinas.
Segundo o
informe, houve uma inversão na prevalência do sorogrupo
nos últimos anos no município, com aumento do sorogrupo
C e diminuição do sorogrupo B, seguindo a tendência do
Estado de São Paulo. Em 2003 a prevalência do sorogrupo
B ainda foi ligeiramente maior - oito casos B, sete casos
C e seis casos com sorogrupo ignorado. Nesse ano, dos 9
casos notificados até o momento, seis são sorogrupo C,
um B e dois casos ainda não tiveram o sorogrupo
identificado. Dos casos do sorogrupo C deste ano, dois
foram importados, ou seja, a fonte de infecção não foi
em Campinas.