Seminário vai atualizar profissionais para diagnosticar e tratar meningite

29/07/2004

Talita El Kadri

A Secretaria de Saúde de Campinas promove no próximo dia 5 de agosto, das 13h30 às 17h, no Salão Vermelho da Prefeitura, um seminário de atualização em meningite e doença meningocócica. O objetivo é alertar todos os médicos e enfermeiros, tanto da rede municipal de saúde como de serviços particulares, quanto à importância do diagnóstico precoce, tratamento da doença, notificação dos casos e identificação do tipo de meningite. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas na hora.

No seminário vão ser abordados ainda a forma de prevenção das meningites, a epidemiologia da doença – ocorrência, transmissão, periodicidade de incidência e faixa etária mais atingida – e a situação epidemiológica no Estado, região e município de Campinas. O médico infectologista Luiz Jacintho da Silva, da Secretaria de Estado da Saúde, e o médico Rodrigo Angerami, infectologista da Secretaria Municipal de Saúde serão os palestrantes. Após as exposições haverá debate.

De acordo com a enfermeira sanitarista da saúde coletiva de Campinas, Brigina Kemp, os últimos óbitos de meningite meningocócica, em julho, elevaram a letalidade da doença na cidade. Por este motivo, o foco principal do seminário será o diagnóstico precoce e o tratamento para a doença, com a intenção de amenizar esse quadro. "O diagnóstico no início da meningite meningocócica aumenta bastante, de forma importante, a possibilidade de cura", afirma.

De acordo com o último informe técnico da Vigilância em Saúde de Campinas, divulgado na semana passada, desde 1997 o coeficiente de incidência da doença meningocócica vem diminuindo no município de Campinas.

Segundo o informe, houve uma inversão na prevalência do sorogrupo nos últimos anos no município, com aumento do sorogrupo C e diminuição do sorogrupo B, seguindo a tendência do Estado de São Paulo. Em 2003 a prevalência do sorogrupo B ainda foi ligeiramente maior - oito casos B, sete casos C e seis casos com sorogrupo ignorado. Nesse ano, dos 9 casos notificados até o momento, seis são sorogrupo C, um B e dois casos ainda não tiveram o sorogrupo identificado. Dos casos do sorogrupo C deste ano, dois foram importados, ou seja, a fonte de infecção não foi em Campinas.

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