A
Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria
Municipal de Saúde, vacinou 197 animais, sendo 180
cães e 17 gatos, nestas terça-feira e quarta-feira,
18 e 19 de julho, durante bloqueio contra a raiva
animal no Jardim Boa Esperança, na abrangência do
Centro de Saúde (CS) Conceição, região leste de
Campinas. A ação, que incluiu orientação à população
sobre a doença, foi promovida por uma equipe do
Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) com apoio do CS
Conceição e da Vigilância em Saúde (Visa) Leste.
Segundo o médico veterinário Ricardo Conde Alves
Rodrigues, do CCZ, o bloqueio foi desencadeado na
segunda-feira, 17, imediatamente após confirmação de
um caso positivo de raiva em morcego frugívoro - que
se alimenta de frutos - encontrado em uma praça
pública na rua João Quirino Nascimento. O exame foi
realizado pelo Instituto Pasteur, referência para a
raiva. A Secretaria de Saúde informou que este é o
primeiro caso da doença confirmado em morcego na
cidade em 2006. Em 2005, foram cinco.
Ricardo informa que as ações de bloqueio, indicadas
pelo Instituto Pasteur, são desencadeadas sempre que
é confirmado um caso de raiva. "É uma medida
preventiva, para evitar outros casos a partir deste
registro. Nestas ocasiões é importante que os
moradores recebam as equipes, que atuam sempre
devidamente identificadas, e estão preparadas para
fornecer todas as orientações sobre a doença,
afirma.
De acordo
com a coordenação do CCZ de Campinas é fundamental
promover a educação em saúde,
utilizando todas as formas possíveis de divulgar,
entre a população, informações sobre a raiva,
cuidados a serem adotados ao encontrar morcegos e o
risco que este animal representa na transmissão da
doença.
Além disso, segundo o
CCZ, é necessário divulgar a importância de manter
gatos e cães vacinados, uma vez que, se estes
animais não estiverem protegidos, aumenta muito o
risco de serem registrados casos em animais e em
humanos. A transmissão ocorre quando o vírus da
raiva existente na saliva do animal infectado
penetra no organismo, através da pele ou mucosas,
por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não
existindo necessariamente agressão.
Portanto, a transmissão pode ocorrer diretamente do
morcego para o ser humano, do morcego para o animal
e do animal infectado para o homem, diz Ricardo.
Segundo o Instituto Pasteur, no Brasil, em espaços
urbanos, o principal transmissor da raiva para o
homem é o cão, seguido do gato. Em espaços rurais é
o morcego.
O
veterinário diz ainda que é importante que a
população se empenhe para vacinar os gatos. A ênfase
vale tanto para as ações de bloqueio como para as
campanhas de vacinação. Os felinos são mais
predadores e estão mais sujeitos a morder um morcego
contaminado, diz Ricardo.
O
médico veterinário sanitarista Antonio Carlos Coelho
Figueiredo, coordenador do CCZ de Campinas,
aproveita a ocasião para informar sobre a campanha
de vacinação contra a raiva animal, que acontece em
cinco finais de semana dos meses de setembro e
outubro. Ele reforça a orientação de Ricardo para
que a população também leve os gatos aos postos, não
apenas cachorros. Este ano, a meta de Campinas é
vacinar mais de 170 mil animais.
Saiba mais. A raiva é uma doença que acomete
todas as espécies de mamíferos e que pode ser
transmitida aos homens, sendo portanto, uma zoonose.
É causada por um vírus mortal, tanto para os homens
quanto para os animais. O Brasil é o país com o
maior número de casos de raiva humana na América
Latina.
Confira as datas da campanha:
2 e 3
de setembro: região Leste
16 e
17 de setembro: região Sudoeste
23 e
24 de setembro: região Norte
7 e 8
de outubro: região Noroeste
21 e
22 de outubro: região Sul
Denize
Assis