Saúde reforça orientações para reduzir riscos de doenças devido ao tempo seco

21/07/2006

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde e do Departamento de Saúde, divulgou na manhã desta sexta-feira, dia 21 de julho, informe para unidades de saúde da rede pública municipal quanto aos cuidados a serem tomados e informados à população para evitar agravos à saúde devido ao tempo seco.

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a umidade relativa do ar atingiu entre 20% e 30% na maior parte do interior paulista na tarde de ontem e, em Campinas, hoje, amanhã e domingo, deve se ficar abaixo de 30%, o que caracteriza estado de atenção. Ainda segundo o Centro, o final de semana será de muito sol e não há perspectiva de alteração nas condições do tempo pelo menos até domingo sendo que a massa de ar seco vai persistir.

Este conjunto de fatores, de acordo com a Secretaria de Saúde, aumenta o risco das pessoas adoecerem, sendo que os problemas mais comuns são dores de cabeça, tontura, náusea, irritação nos olhos, nariz e garganta, gripes, viroses e outras doenças respiratórias e alérgicas.

Portanto, a população deve adotar cuidados dentro e fora de casa, sendo que a regra básica é manter a boa hidratação corporal, com ingestão de bastante água e sucos, e alimentação farta de verduras e frutas. Outras medidas específicas como manter o ambiente úmido com toalhas molhadas ajudam. Além disso, o sol está forte e é recomendável, no período do dia em que os raios ultravioletas são mais intensos entre 10h e 16h -, evitar exposição direta ao sol. Se for inevitável exposição aos raios solares, as pessoas devem se proteger com chapéu e filtro solar e usar roupas leves. Mas a medida mais importante sem dúvida é tomar bastante água, diz o médico sanitarista Carlos Eduardo Cantúsio Abrahão, coordenador municipal da Saúde Ambiental de Campinas.

O sanitarista informa ainda que crianças, idosos e pessoas com qualquer debilidade de saúde são mais agredidos por este conjunto de fatores e requerem mais atenção. De acordo com Abrahão, no informe enviado aos serviços de saúde hoje, a Secretaria orienta que agentes comunitários de saúde divulguem essas recomendações durante as visitas domiciliares.

O médico informa ainda que a estiagem prolongada aumenta a concentração de poluentes no ar e lembra que as pessoas podem colaborar para não aumentar a poluição, não queimando resíduos folhas secas, pneus etc nas ruas e em terrenos dentro da cidade. Este é um costume histórico que deve ser evitado. Ao queimar os resíduos, as pessoas pensam que estão resolvendo um problema, mas a fumaça piora ainda mais a qualidade do ar e agrava os problemas respiratórios da população, diz. Abrahão informa que a queima de resíduos é crime ambiental e é proibida por leis municipal e federal.

Denize Assis

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