A Secretaria de Saúde de
Campinas, por meio da Vigilância em Saúde e do
Departamento de Saúde, divulgou na manhã desta
sexta-feira, dia 21 de julho, informe para unidades de
saúde da rede pública municipal quanto aos cuidados a
serem tomados e informados à população para evitar
agravos à saúde devido ao tempo seco.
De acordo com o Centro de
Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a
Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), a umidade relativa do ar atingiu
entre 20% e 30% na maior parte do interior paulista na
tarde de ontem e, em Campinas, hoje, amanhã e domingo,
deve se ficar abaixo de 30%, o que caracteriza estado de
atenção. Ainda segundo o Centro, o final de semana será
de muito sol e não há perspectiva de alteração nas
condições do tempo pelo menos até domingo sendo que a
massa de ar seco vai persistir.
Este conjunto de fatores,
de acordo com a Secretaria de Saúde, aumenta o risco das
pessoas adoecerem, sendo que os problemas mais comuns
são dores de cabeça, tontura, náusea, irritação nos
olhos, nariz e garganta, gripes, viroses e outras
doenças respiratórias e alérgicas.
Portanto, a população
deve adotar cuidados dentro e fora de casa, sendo que a
regra básica é manter a boa hidratação corporal, com
ingestão de bastante água e sucos, e alimentação farta
de verduras e frutas. Outras medidas específicas como
manter o ambiente úmido com toalhas molhadas ajudam.
Além disso, o sol está forte e é recomendável, no
período do dia em que os raios ultravioletas são mais
intensos entre 10h e 16h -, evitar exposição direta ao
sol. Se for inevitável exposição aos raios solares, as
pessoas devem se proteger com chapéu e filtro solar e
usar roupas leves. Mas a medida mais importante sem
dúvida é tomar bastante água, diz o médico sanitarista
Carlos Eduardo Cantúsio Abrahão, coordenador municipal
da Saúde Ambiental de Campinas.
O sanitarista informa
ainda que crianças, idosos e pessoas com qualquer
debilidade de saúde são mais agredidos por este conjunto
de fatores e requerem mais atenção. De acordo com
Abrahão, no informe enviado aos serviços de saúde hoje,
a Secretaria orienta que agentes comunitários de saúde
divulguem essas recomendações durante as visitas
domiciliares.
O médico informa ainda
que a estiagem prolongada aumenta a concentração de
poluentes no ar e lembra que as pessoas podem colaborar
para não aumentar a poluição, não queimando resíduos
folhas secas, pneus etc nas ruas e em terrenos dentro da
cidade. Este é um costume histórico que deve ser
evitado. Ao queimar os resíduos, as pessoas pensam que
estão resolvendo um problema, mas a fumaça piora ainda
mais a qualidade do ar e agrava os problemas
respiratórios da população, diz. Abrahão informa que a
queima de resíduos é crime ambiental e é proibida por
leis municipal e federal.
Denize Assis