Durante cinco dias representantes do Movimento GLTTB participam de encontro nacional sobre aids realizado em Goiás

25/07/2006

Ativistas atuam em parceria com o Programa Municipal de DST/Aids
da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas

Travestis e transexuais de Campinas participam, de 25 a 28 de julho de 2006, do 13º Encontro Nacional de Transgêneros que Atuam na Prevenção à Aids e que acontece em Goiás. O tema do encontro é "Um Brasil de Todos é um Brasil sem Transfobia".

A participação de Campinas ocorre por meio de integrantes da organização não-governamental (ong) Grupo Identidade, que atua na defesa da cidadania de gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais (glttb).

A ong Identidade é parceria do Programa Municipal (PM) de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas em ações de prevenção às dst, ao hiv e à aids.

De acordo com Régis Vascon, transexual masculino ligado ao Identidade, o encontro é fundamental para a o avanço do Estado em políticas públicas para a redução da vulnerabilidade social desta população e aprimoramento das políticas já existentes.

Além dele, as travestis Denise Martins e Janaína Lima também estarão presentes no evento. A discriminação contra travestis e transexuais aumenta a vulnerabilidade ao hiv, à aids e às doenças sexualmente transmissíveis, para esta população.

"Quando nos privam de acesso a serviços públicos, seja no caso de transexuais ou de travestis, a vulnerabilidade às enfermidades como a aids se torna muito maior", disse Régis.

"A realização de campanhas e mobilizações são determinantes para reduzir o preconceito presente em setores da sociedade. O preconceito baixa a auto-estima de uma pessoa e isso faz com que ela fique ainda mais desprotegida", observa Régis.

Segundo ele, entre as propostas defendidas pelas entidades da sociedade civil organizada no 13º Entlaids está a intensificação de campanhas de luta contra a violência a travestis e transexuais, para reduzir os índices de crimes de ódio.

Também será defendida a implantação de programas de educação não-transfóbicos, que eduquem para a diversidade sexual e para o respeito à identidade de gênero, com redução dos índices de analfabetismo ou semi-analfabetismo.

A criação de políticas públicas afirmativas para incentivar a inclusão no mercado de trabalho formal de travestis e transexuais, bem como garantir, através do Sistema Único de Saúde (SUS), o direito ao hormônio, terapias e prótese de silicone e outros insumos adequados à saúde integral serão diretrizes a ser conquistadas pelo movimento.

Mais informações à Imprensa: (19) 8115 – 4856, com Eli Fernandes, ou (19) 3234 – 5000 // 3236 - 3711

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