Saúde apresenta diagnóstico das instituições de longa permanência para idosos

06/07/2007

A Secretaria de Saúde, representada pela dentista Márcia Beltramelli e pelo enfermeiro Cássius Tadeu, da Vigilância em Saúde, apresentou nesta quinta-feira, dia 5 de julho, a situação das instituições de longa permanência para idosos em Campinas. A apresentação aconteceu durante Encontro Municipal de Gestores e Responsáveis Técnicos das Instituições de Longa Permanência para Idosos, ocorrido no Serviço Social do Comércio (Sesc).

O evento reuniu mais de 100 pessoas entre gestores, representantes de entidades de defesa do idoso, conselhos de controle social e responsáveis técnicos por instituições que atendem este público.

Segundo Márcia, Campinas possui atualmente 78 instituições de longa permanência para idosos que abrigam cerca de 1.020 pessoas, sendo 708 mulheres e 312 homens, o que representa quase 0,99% da população com mais de 60 anos no município, constituída por 102.456 pessoas.

De acordo com Márcia, com o objetivo de melhorar as condições destas casas, a Secretaria de Saúde intensificou o trabalho de vistoria que já realiza continuamente nestes locais. A atividade acontece em conjunto com outros setores do poder público.

Durante as visitas, as equipes das Vigilâncias em Saúde verificam as condições de alimentação, segurança, cuidados na assistência à saúde e ao lazer, estrutura física, ambiente e conforto, condições higiênico-sanitárias, atuação de profissionais treinados para o cuidado com o idoso e regularização junto à Prefeitura. Desde o início da ação, em abril, duas casas foram interditadas.

“Trabalhamos sempre no sentido de que a instituição se regularize e atenda às normas e padrões de funcionamento, conforme legislações municipal e federal. Quando o proprietário não atende às exigências, temos a prerrogativa de fechar o estabelecimento. Nosso objetivo principal é garantir a proteção da saúde das pessoas acima de 60 anos que vivem em instituições fechadas, sejam elas privadas, públicas ou filantrópicas”, afirma Márcia.

Segundo a Secretaria de Saúde, uma das diretrizes da Política Nacional para os Idosos é que o cidadão fique sob responsabilidade da família, com alternativas que não sejam a institucionalização. “Por mais cuidado que o idoso receba numa instituição fechada, esta condição favorece o abandono e a separação da sociedade”, diz Márcia.

No entanto, segundo ela, vão ocorrer casos em que, por vários motivos, a família opta por manter seu idoso institucionalizado. “Nestas situações, os parentes precisam tomar certos cuidados, conhecer antes e verificar se a casa atende às normas e padrões estabelecidos. Em caso de dúvidas, o cidadão pode e deve ligar para a Vigilância em Saúde ou para o Serviço 156”, diz.

Desde 2002 e até junho de 2007, a Secretaria de Saúde recebeu 151 denúncias relativas a instituições que atendem idosos, sendo 55 pelo serviço 156 da Prefeitura e 96 pelo Disque-denúncia.

Aprendizado. Além da caracterização das instituições apresentada pela Secretaria de Saúde, o encontro promoveu uma palestra sobre humanização do atendimento ao idoso, proferida pelo médico Jamiro da Silva Wanderley. Também houve um debate. “O encontro foi muito positivo. Os responsáveis técnicos pelas instituições puderam trocar experiências e tirar suas dúvidas. Nós, enquanto autoridades sanitárias, também aprendemos”, diz Márcia. O encontro foi realizado pelo Conselho Municipal do Idoso.

Denize Assis

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