A
Secretaria de Saúde de Campinas - por meio do
Secretário Municipal de Saúde José Francisco Kerr
Saraiva e de diretores do Comitê Municipal de
Urgência de Emergência, SAMU/192, Hospital Municipal
Mário Gatti, Departamento de Gestão e Diretrizes
Operacionais (DGDO) e da Vigilância em Saúde -
promoveu na manhã desta sexta-feira, dia 27 de
julho, reunião com representantes do Hospital de
Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), do Hospital Celso Pierro da Puc-Campinas
e da Secretaria de Estado da Saúde para avaliar e
acompanhar o resultado das medidas decorrentes da
restrição do atendimento no HC.
A
restrição para internações e cirurgias no HC teve
início na segunda-feira, dia 23 de julho, devido a
um surto de contaminação pela bactéria
Enterococcos faecium resistente a vancomicina (VRE).
O HC tem 380 leitos, que vão ser desativados
temporariamente para desinfecção. A medida é por
tempo limitado até o controle do surto. O
Pronto-Socorro da instituição continua aberto e as
cirurgias de urgência também estão sendo realizadas.
Na
reunião, foi criado um Comitê Gestor de Urgência e
Emergência composto por profissionais das centrais
de regulação do município e da região. O objetivo é
acompanhar a situação diária, avaliar e, se
necessário, adequar medidas.
A
Diretoria Regional de Saúde (DRS) 7, que faz a
regulação das internações da região, informou que
passou a avaliar cada caso antes de encaminhar,
evitando a todo custo que Campinas tenha que
absorver pacientes de outros municípios. As cidades
sob administração da DRS 7 foram orientadas a não
enviar pacientes, salvo casos excepcionais.
Francisco Saraiva informou, na reunião, que a
Secretaria de Saúde constituiu uma rede de apoio a
partir da retaguarda de hospitais conveniados ao
Sistema Único de Saúde (SUS/Campinas) para que estas
instituições disponibilizem, caso seja necessário,
um total de 15 leitos de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) para pacientes de Campinas. A rede é
composta pelos hospitais Fundação Albert Sabin, Real
Sociedade Portuguesa de Beneficência, Irmandade de
Misericórdia de Campinas e Maternidade de Campinas.
“Temos
que ter responsabilidade porque esta é uma medida
que tem impacto sobre a cidade, sobre a comunidade.
Precisamos ainda contar com a retaguarda de outros
hospitais. Trata-se de um momento de solidariedade”,
disse Francisco Saraiva.
Segundo o médico Joaquim José de Oliveira Filho,
coordenador municipal da área de Urgência e
Emergência, o movimento dos Prontos-Socorros de
Campinas nesta sexta-feira foi grande, no entanto
foi possível atender a toda demanda de forma
adequada.
Também
foi informado na reunião que a Vigilância em Saúde
de Campinas vai elaborar um informe técnico e
organizar uma reunião o mais breve possível com as
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs)
dos hospitais da cidade sobre o surto no HC.
A
Secretaria de Saúde vai divulgar diariamente
informes para a rede pública municipal de saúde e
para imprensa, atualizando a situação até o desfecho
do caso.
Entenda o caso. O HC tem dois casos confirmados
de contaminação pela bactéria Enterococcos
faecium resistente a vancomicina (VRE). Outros
34 casos são suspeitos. Além disso, 51 casos estão
sendo analisados e 116 deram negativo. Não houve
mortes. O surto está espalhado por várias
enfermarias do hospital. A Vigilância em Saúde do
município está acompanhando as medidas adotadas pelo
hospital para conter o surto, que são universais.
Denize
Assis