Análise mostra aumento de testagem com queda na ocorrência de novos casos de aids em Campinas

29/07/2008

Autor: Eli Fernandes

Idéia é ter o projeto em andamento em pelo menos um Centro de Saúde em cada um dos cinco Distritos de Saúde de Campinas

A epidemia de aids em Campinas encontra-se estabilizada com franca tendência de declínio, afirma Maria Cristina Feijó Januzzi Ilário, coordenadora do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) de Campinas.

Segundo ela, a tendência deve ser mantida nos próximos anos e deve-se principalmente ao desenvolvimento de projetos de prevenção em acordo com a Política Nacional de Enfrentamento da Aids, com base no incentivo ao uso correto e freqüente de camisinhas em todas as relações sexuais e práticas de redução de danos (não-compartilhamento de agulhas e seringas).

De acordo com Cristina Ilário, foram notificados 325 casos em 2003, número que cai para 293 casos em 2004, fica menor ainda, num total de 279 casos em 2005 e ainda tem redução para 246 casos em 2006. Desde o início da epidemia, nos anos 80, foram registrados cerca de cinco mil casos de aids no município. Em 2007, até o mês de outubro, foram notificados 135 casos de aids em pessoas com idade superior a 13 anos.

Campinas realizou aproximadamente 58 mil testes de HIV no ano de 2007, o dobro do ano anterior, segundo análise preliminar do Programa de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas.

De acordo com os dados epidemiológicos divulgados pelo Programa DST/Aids da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas foram 83 casos em homens e 52 em mulheres. Deste total notificado até outubro, 81,5% contraiu aids através de transmissão sexual, sendo que 63,6% são pessoas que disseram ser heterossexuais e 35% homossexuais ou bissexuais.

"Entre os casos de aids por categoria de transmissão heterossexual inverteu-se a relação de gênero", disse Cristina. A relação, explica, é de 1.4 mulheres para cada homem, em dados preliminares. De 2000 até 2006 esta relação oscilou entre 2 e 1,5 homens para 1 mulher. "Embora sejam dados provisórios é uma tendência para os próximos anos que pode ser confirmada com o fechamento dos dados de 2007", afirma a coordenadora do PMDST/Aids de Campinas.

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