Secretaria de Saúde reforça rede de referência para casos de gripe por Influenza A

01/07/2009

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas vai reforçar a rede de referência para atendimento de casos suspeitos de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) – popularmente chamada de gripe suína - a partir desta semana.

A pedido da Vigilância em Saúde de Campinas, a Secretaria de Estado da Saúde autorizou na tarde de terça-feira, dia 30 de junho, a ampliação da rede para, neste primeiro momento, mais dois hospitais, um público e um privado. O público será o Hospital Municipal Mário Gatti. O privado ainda vai ser definido.

Até então, o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp era a única instituição credenciada para atendimento no município. Em todo Estado são 18 hospitais públicos.

As novas unidades serão responsáveis pela assistência aos pacientes e coleta de amostras de secreções nasais e da garganta dos casos suspeitos, envio do material para exames no laboratório de referência do Instituto Adolfo Lutz e também pela notificação de casos.

Para acertar detalhes e dar encaminhamentos necessários, a Vigilância em Saúde reúne-se com representantes dos hospitais entre hoje e amanhã. Na reunião vão ser combinados fluxo, logística, entrega de material e medicamentos, capacitação das equipes entre outros pontos.

“Este reforço é importante porque amplia o acesso, agiliza e qualifica a assistência aos pacientes”, disse o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva.

A Vigilância em Saúde de Campinas trabalha com a expectativa de crescimento do número de casos, sendo necessária a adoção de novas medidas, entre as quais a ampliação dos centros de referência para atender a população.

É importante ressaltar, informa a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, que Campinas organizou toda uma rede de assistência e vigilância aos casos. Além dos hospitais de referência, equipes dos serviços de saúde, tanto públicos quanto privados, foram capacitadas para atender casos suspeitos, notificar a Vigilância em Saúde, avaliar a gravidade e encaminhar pacientes para hospitais de referência, se necessário.

Situação epidemiológica. Em Campinas, há 16 casos confirmados de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1). Destes, 12 foram confirmados por exames laboratoriais e 4 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 11 foram de pessoas que se infectaram no exterior e 5 são de pessoas com vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior.

Os principais locais de provável infecção dos casos importados foram Argentina (10 casos) e Chile (1). A quase totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está em processo de recuperação.

No Brasil, até de 30 de junho, foram confirmados 680 casos. No mundo são 75.860. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 35 países têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália). Em sete deles, a transmissão do vírus entre pessoas é considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido.

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