Secretariado é informado sobre Influenza A (H1N1) em Campinas

21/07/2009

Autor: Denize Assis

O Secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, a diretora da Vigilância em Saúde, Maria Filomena Gouveia Vilela, e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Brigina Kemp, reuniram-se na tarde desta segunda-feira, dia 20 de julho, com secretários municipais e presidentes e diretores das autarquias municipais para apresentar a situação de Campinas em relação à Influenza A (H1N1), contextualizada nos cenários nacional e mundial.

Durante a reunião, Brigina Kemp apresentou dados no município, no Brasil e no mundo; relatou a expectativa de aumento de casos; informou sobre estratégias, providências e diretrizes adotadas pelo município para prevenir a propagação do vírus e atender pessoas infectadas de forma ágil.

Em Campinas, até o momento, foram confirmados 51 casos de Influenza A (H1N1). Outros 65 casos suspeitos aguardam resultados de exames, entre os quais seis referem-se a pessoas que morreram de Doença Respiratória Aguda Grave. Estes óbitos serão investigados para várias causas, inclusive para H1N1.

Segundo Brigina, o aumento no número de casos de óbitos suspeitos de H1N1 já era esperado, mediante a mudança no protocolo do Ministério da Saúde que recomenda a investigação de todos os casos de doença respiratória aguda grave.

“Por ano, morrem cerca de 470 pessoas por Doença Respiratória Aguda Grave em Campinas. São mortes devido a várias etiologias como pneumonias bacterianas e infecções virais. Neste momento o que estamos fazendo é investigar também para o H1N1, que é a nova gripe”, informou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, Brigina Kemp.

O secretário de Saúde José Francisco Saraiva ressaltou na reunião que a maioria das pessoas infectadas pela nova gripe manifesta sintomas leves, parecidos com os da gripe comum, e se recupera rapidamente. A letalidade média da nova gripe no mundo (0,45%), até o momento, é igual à da gripe sazonal.

“O objetivo aqui hoje também é mostrar que a gravidade desta doença não é diferente da influenza sazonal e orientar sobre os cuidados que a população em geral deve tomar, além de abordar as especificidades de cada secretaria, como a Secretaria de Educação, o trabalho da Setec, orientar sobre eventos e providências em salas de espera e disseminar medidas de prevenção entre outras”, disse. O secretário afirmou que as redes pública e privada de Saúde de Campinas já estão estruturadas para atender a população.

A diretora da Vigilância, Maria Filomena, informou as principais providências já adotadas por Campinas, que inclui capacitação das redes de saúde pública e privada; reuniões com setores hoteleiro, comercial e de educação; reunião com secretariado e autarquias municipais; elaboração do plano de contingência e protocolo de atendimento; incremento do plantão de vigilância; e reorganização da rede de assistência.

Informou ainda que está sendo adequada a logística de recursos materiais e humanos; e incrementadas as ações de comunicação, informação e mobilização social.

No Brasil, até dia 15 de julho, foram confirmados 1.175 casos de Influenza A, com 14 óbitos. No Estado de São Paulo, são 512.

Segundo a última atualização da Organização Mundial de Saúde (OMS), há 119.344 casos da nova gripe, em 122 países. O número de óbitos é de 591 com uma taxa de letalidade de 0,50%. Ainda de acordo com a OMS, em sete países a transmissão do vírus entre pessoas é considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou na quinta-feira, dia 16 de julho, que o vírus Influenza A (H1N1) circula no Brasil. “Este é um fenômeno esperado na transmissão, particularmente com as características dos vírus influenza, que já vem ocorrendo em outros países”, disse Temporão.

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