Campinas inaugura nova sede do Caps Integração, na região noroeste

28/07/2010

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas inaugura nesta quinta-feira, dia 29 de julho, às 9h, a nova sede do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Integração, na rua Zocca 150, Vila Castelo Branco, na região noroeste da cidade. A unidade, fundada em 1.993, até então, funcionava em imóveis alugados que, com o passar dos anos, se tornaram inadequados para a demanda.

Na nova sede, o acesso torna-se facilitado já que o endereço fica próximo dos endereços dos pacientes atendidos e dos outros serviços que constituem a rede de assistência à saúde a esta população - Centro de Saúde Integração, Centro de Convivência Tear das Artes, Casa das Oficinas e Praça dos Trabalhadores.

Além disso, o espaço é amplo e constitui um ambiente acolhedor que permite um atendimento mais qualificado, humanizado. São 542,19 metros quadrados que compõem sala para avaliação e triagem, cinco salas específicas para atendimento em grupo, refeitório e cozinha para pacientes, banheiros para atividades específicas, para portadores de necessidades especiais, para pacientes no leito, área restrita para funcionários com espaço para banho, alimentação e armazenamento de pertences. Além disso, possui uma área externa para projetos de jardinagem.

Além das novas instalações, a unidade também recebeu novos mobiliários e equipamentos e uma viatura para visita domiciliar, medicação assistida, busca ativa de pacientes faltosos e deslocamento de pacientes para atividades.

A equipe é composta por cinco enfermeiros, 22 auxiliares de enfermagem, cinco terapeutas ocupacionais, quatro psicólogos, médico, duas técnicas de farmácia, dois administrativos, quatro vigias, motorista e a coordenadora que é a terapeuta ocupacional Sônia Falcão de Sousa Bianchin, que atua no Caps desde 1996.

Mais sobre o Caps. O Caps Integração, mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Secretaria Municipal de Saúde e do Serviço de Saúde Cândido Ferreira.

A unidade é referência para aproximadamente 180 mil habitantes da região Noroeste da cidade e atende, neste momento, 320 cidadãos portadores de transtornos mentais graves – psicóticos e neuróticos. A unidade, que segue rigorosamente a Política Nacional de Saúde Mental proposta pelo Ministério da Saúde, funciona 24 horas com disponibilidade de atender à noite pacientes em crise, atuando efetivamente como equipamento substitutivo à internação psiquiátrica.

Todos os dias, em média 70 pessoas circulam pelo serviço para atendimento médico, de enfermagem e de psicologia, terapia ocupacional, atividades de geração de renda e outros. São oferecidas refeições para os pacientes e pessoas que necessitam recebem vale-transporte. A triagem para casos novos é realizada de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h. Os telefones da unidade são 3227-7908 e 3269-8915.

Alternativa a internações. A Política Nacional de Saúde Mental, lançada em 2003, define os Caps como o principal elemento da rede de atenção extra-hospitalar, formada também pelas residências terapêuticas, centros de convivência e pelo programa De Volta para Casa. Na concepção da reforma psiquiátrica, o modelo centrado na atenção hospitalar não reabilita o paciente. Quando isolado, o portador de transtornos mentais não consegue se ressocializar e perde sua individualidade.

Dentro deste contexto, os Caps foram criados como serviços de atenção diária, usados para substituir as internações hospitalares. Oferecem desde cuidados clínicos até atividades de reinserção social do paciente, por meio do acesso ao trabalho e ao lazer, direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e sociais.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) de Campinas dispõe de uma rede de cuidados comunitários de saúde mental constituída por dez Caps, sendo seis Caps III com oito leitos cada (48 leitos), dois Caps-i voltado para o atendimento de crianças e adolescentes e outros dois voltados para o atendimento de pessoas que sofrem com transtornos causados pelo uso prejudicial de álcool e outras drogas (Caps-AD). Um terceiro Caps-AD já está em construção e deve ficar pronto ainda este ano. A meta é que Campinas tenha cinco.

Também integram esta rede, onze Centros de Convivência, que são espaços onde as pessoas desenvolvem oficinas de dança, música, ginástica, ioga e outros momentos de convívio. O município ainda disponibiliza mais 38 residências terapêuticas com aproximadamente 180 pacientes ex-moradores de hospitais psiquiátricos, várias oficinas de profissionalização e mais de 300 postos de geração de renda para os usuários.

Além disso, a cidade integra o De Volta para Casa – um programa Ministério da Saúde que destina um benefício mensal em dinheiro para ajudar no processo de ressocialização de portadores de transtornos mentais que tenham passado pelo menos dois anos internados em hospitais e clínicas psiquiátricas.

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