Campanha de vacinação infantil contra poliomielite e sarampo prossegue em Campinas

04/07/2011

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas prorrogou por mais uma semana, até sexta-feira, 8 de julho, a Campanha de Vacinação Infantil contra a poliomielite (paralisia infantil) e contra o sarampo. O objetivo é melhorar a cobertura vacinal que foi de 87% contra a paralisia infantil, o equivalente a 58.621 doses, e de 80,43% contra o sarampo, que corresponde a 63.216 doses.

A meta é atingir 95% das crianças em relação às duas doenças, conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). A prorrogação foi recomendada pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo para todos os municípios que não conseguiram alcançar este índice.

Em Campinas a população com até 5 anos que é o alvo contra a paralisia é de 67.559. Neste segmento, a menor cobertura foi entre os menores de 2 anos. Entre 1 ano a menores de 7 anos, o público-alvo contra o sarampo, o total de moradores no município é de 78.602. Neste público, as menores taxas ficaram entre as crianças de 1 ano a 2 anos e nas maiores de 5 anos.

A maioria dos municípios da região de Campinas, que integram o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE 17), não atingiu a meta de 95%. Considerando as cidades que compõem o grupo, a cobertura ficou em 83,3% contra o sarampo, o correspondente a 260.219 doses de um total de 312.195. Contra poliomielite, foram 249.322 vacinas de um total de 262.829 o que equivale a 94,86% de cobertura.

Em Campinas, as vacinas estão disponíveis nos 62 Centros de Saúde da rede pública municipal de saúde. Para se informar sobre a unidade mais próxima e horário de funcionamento, o cidadão deve telefonar para o 156, da Prefeitura, ou no Disque-Saúde, pelo 160. É importante levar a caderneta de vacinas.

A enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, informa que em vários países do mundo a poliomielite ainda está presente. Por isso, afirma Carmo Ferreira, o risco de reintrodução em nosso meio ainda existe e as ações de controle têm que estar em dia.

“A poliomielite ainda persiste no mundo e mantém elevado o risco de reintrodução do vírus selvagem em países que já não registram mais casos. Este cenário epidemiológico reforça que é preciso manter a estratégia que garantiu ao Brasil a erradicação da pólio, que inclui as campanhas em massa realizadas em duas etapas todos os anos. A ação, que é uma das mais importantes de saúde pública, não só mantém o país livre da paralisia infantil, como também integra uma rede mundial em busca da eliminação desta doença”, diz a sanitarista.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das estratégias mais importantes para erradicação da doença em todo o mundo.

Sarampo

Em relação ao sarampo, Carmo Ferreira informa que o Brasil interrompeu a circulação autóctone desta doença no ano de 2000. Todos os casos que têm sido registrados nos últimos dez anos são importados. Em 2011, Campinas confirmou um caso importado de sarampo. A última notificação confirmada da doença na cidade havia ocorrido há 12 anos, em 1999.

Apesar de não ocorrer transmissão sustentada do sarampo no Brasil, atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Europa enfrenta uma epidemia desta doença, com milhares de casos registrados. Países da África e Oceania também registram surtos.

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