Laudo do Adolfo Lutz descarta nova variante da E. coli para campineiros que viajaram à Europa

07/07/2011

Autor: Marco Aurélio Capitão

Nota técnica divulgada nesta quinta-feira, 7 de julho, pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), informa que o resultado dos exames dos dois turistas de Campinas que haviam retornado da Alemanha com diarréia foi E. coli não patogênica, isto é, E. coli normal encontrada na flora intestinal humana. Portanto, foi descartada a hipótese da nova variante da E. coli que causou surto na Europa, a 0104:H4.

Também foram descartados para a nova variante outros quatro casos que estavam em investigação no Estado de São Paulo. Os exames laboratoriais de todas as ocorrências notificadas foram realizados pelo Centro de Enterobactérias do Instituto Adolfo Lutz.

A nota divulgada pela Covisa, elaborada pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo, informa, ainda, que embora o número de casos do surto na Alemanha revele declínio, um novo surto apareceu na França, causado pela E. coli 0104:h4. Segundo o informe, esses casos estão relacionados à mesma fonte de transmissão.

O CVE adverte que, mesmo no Brasil, as pessoas devem dar preferência ao consumo de vegetais cozidos, água tratada ou fervida, leite e sucos pasteurizados e carnes bem passadas. Orienta, ainda, que “aqueles que regressaram de viagens à Alemanha ou outros países da Europa e apresentarem dores fortes de estômago, vômito e diarréia (com ou sem sangue), devem procurar uma unidade de saúde e relatar o histórico da viagem”.

De acordo com as orientações da Covisa, como em qualquer diarreia, os cuidados de higiene, como lavar as mãos após o uso do banheiro, são essenciais para se evitar a transmissão para outras pessoas. O informe ressalta, todavia, que não há risco de epidemia pela bactéria da Alemanha, uma vez que, o Brasil não importa produtos crus de países europeus. Os casos, portanto, estarão restritos a viajantes que retornam das áreas afetadas.

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