Autor: Denize Assis
Preocupada com o resultado da Campanha de Seguimento contra o Sarampo, que obteve até o momento cobertura vacinal de 83,8%, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) de Campinas reforça a orientação para que pais e responsáveis levem seus filhos aos Centros de Saúde (CSs) até a sexta-feira da semana que vem, dia 22 de julho, quando se encerra a vacinação.
A Campanha de Seguimento teve início dia 18 de junho, junto com a primeira etapa da vacina contra a paralisia infantil. O público alvo contra o sarampo é constituído pelas crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 7 anos, independente de terem tomado doses anteriores. Em Campinas, a população nesta faixa etária é constituída por 85 mil moradores.
Para garantir o sucesso da estratégia, é necessário atingir 95% desta população e a cobertura tem que ser homogênea em todas as idades. Em Campinas, o que se verifica até o momento é que a meta foi alcançada entre as crianças de 2 anos, com 99,7% de cobertura; nas de 3 anos, com 95,4%; e nas de 4, com 98,7%. No entanto, a cobertura vacinal ficou abaixo na faixa de 1 ano, onde foram atingidas 78,3%; na população de 5 anos, com 71,7% e, na de 6 anos, com 60,8%.
A Campanha de Seguimento é importante porque busca atingir o grupo de suscetíveis que vai se formando ao longo dos anos por conta das falhas na resposta da vacina e da população que não se vacina. “Quanto maior o número de vacinados, maior a chance de imunização efetiva e menor a possibilidade de transmissão”, diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas.
O objetivo, segundo a sanitarista, é manter o Brasil sem transmissão disseminada do vírus causador do sarampo. Brigina afirma que o Ministério da Saúde considerou que o início das férias de julho coincidiu com o surto da doença na Europa, quando aumenta tanto o fluxo de estrangeiros no Brasil quanto à ida de brasileiros para o exterior.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Europa enfrenta epidemia da doença, onde 33 países registraram mais de 6,5 mil casos, sendo os mais afetados a França, Espanha, Bulgária e Bélgica.
Além disso, o MS levou em conta que, embora esteja livre da circulação autóctone sustentada do sarampo, o Brasil tem identificado casos importados e de pessoas que tiveram contato com viajantes.
Em Campinas, este ano, foi confirmado um caso de pessoa que viajou para o exterior. Também foram confirmados, nas últimas semanas, casos em Americana e Nova Odessa de criança e adultos que não viajaram.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.
“A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir o sarampo. Por isso reforçamos a necessidade da vacina para todas as crianças na faixa etária da campanha, independente de doses anteriores”, diz Brigina.
É importante levar a carteira de vacinas. Para informações sobre horário de funcionamento dos Centros de Saúde, as pessoas devem ligar no telefone 156, da Prefeitura, ou no Disque Saúde, no 160.