Autor: Amanda Romero
Cerca 10% da população
campineira é diabética e 20% é hipertensa e o acompanhamento
e controle adequado para os portadores dessas doenças é
fundamental para a manutenção da qualidade de vida. Os
serviços de saúde pública de Campinas oferecem à população
um grupo especial com atividades diferenciadas para melhorar
a qualidade de vida desses pacientes, estimulando os mesmos
a adquirir novos hábitos que possam minimizar o uso da
medicação.
“Temos grupos de apoio nos
centros de saúde que oferecem atividades como Lian Gung, Tai
Chi Chuan e caminhada. Além de grupos de grupos de
hipertensos e diabéticos em algumas unidades”, afirma a
coordenadora da saúde do adulto e do idoso de Campinas, Jane
Emidio Dias.
Campinas oferece a este grupo
assistência especializada. Os 63 centros de saúde de
Campinas, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), são a
porta de entrada para uma avaliação e para o tratamento da
hipertensão e da diabetes. As duas doenças, em longo prazo,
trazem aos pacientes diversas complicações.
O tratamento para hipertensão e
para a diabetes é contínuo e individualizado, devendo ser
assistido por um médico. Um hipertenso controlado deve, no
mínimo, ir ao centro de saúde quatro vezes ao ano para se
consultar e só alterar a medicação com orientação do seu
médico.
Hipertensão
A hipertensão é uma doença
silenciosa, em alguns casos o hipertenso não apresenta
sintomas visíveis até que ela se torne mais grave. Com
medidas acima de 140 por 90 mmHg o paciente já pode ter os
indícios de que sua pressão está em descontrole, e
apresentar dores de cabeça, dores na nuca, tontura e
epilepsia focal (enxergar pontinhos e estrelinhas na visão).
Quanto mais rápido o diagnostico e tratamento menos
complicações o paciente terá.
Calcula-se que somente 10% dos
hipertensos fazem acompanhamento.
Diabetes
Já o diabético, se controlado,
é orientado a comparecer, em média, para quatro consultas de
rotina ao ano. Em Campinas, as unidades de saúde têm cinco
tipos diferentes de medicamentos usados para controlar a
pressão arterial e podem ser retirados gratuitamente.
Segundo a coordenadora Jane
Emídio Dias, pessoas que já tenham histórico familiar de
hipertensão, sejam diabéticas, obesas, tenham algum problema
renal ou de circulação devem, desde a infância, manter uma
rotina de exercícios e ter uma dieta saudável, evitando
alimentos industrializados.
Alimentação
Hábitos alimentares ruins com
forte presença de comidas industrializadas e o sedentarismo
estão entre os motivos de esse índice ser elevado.
A população tem consumido cada
vez mais alimentos prontos e industrializados (até mesmo os
sucos), que contém teor de sódio e gorduras monossaturadas
muito altos, substancias que devem ter a ingestão controlada
pelos hipertensos e pelos diabéticos. “O valor ideal do
consumo de sódio diário é de 5 gramas, mas o brasileiro tem
consumido mais de 12 gramas diariamente”, afirma a
coordenadora Jane.
Medicamentos
Todos os hipertensos ou
diabéticos que são atendidos em centros de saúde, nas
clinicas particulares de Campinas ou na Unicamp conseguem
retirar os medicamentos usados no tratamento gratuitamente
nas unidades da Farmácia Popular e conveniadas no programa
e, também nesses mesmos centros de saúde. Para isso basta
que o paciente solicite ao médico responsável pelo seu
acompanhamento o preenchimento de um protocolo, o qual será
anexado com cópia dos seguintes documentos do paciente: RG,
CPF, comprovante de residência, cartão SUS e receita médica
em duas vias.
O paciente deve se dirigir às
farmácias populares ou centros de saúde, onde essa
documentação será analisada na hora e, se correta, ele já
saí com a medicação em mãos. É necessário fazer a renovação
da documentação a cada três meses.