A
Secretaria de Saúde de Campinas participa, hoje e amanhã,
quinta-feira, do seminário sobre dengue que vai discutir as
estratégias no combate à doença no Estado. O evento, que
acontece das 8h às 17h no Hotel Nacional In, reúne 57 municípios
paulistas, sendo 18 da região de Campinas. Juntas, as secretarias
de Saúde destas cidades vão expor as características da
epidemia deste 2001 e o trabalho realizado no enfrentamento da
doença. A partir daí, pretendem estabelecer um plano conjunto de
combate à dengue.
Durante
o seminário, profissionais da vigilância epidemiológica de
Campinas farão parte, com outras duas cidades, da mesa redonda
que vai expor experiências municipais no combate à dengue. Os
temas de destaque de Campinas serão o trabalho desenvolvido a
partir da tecnologia limpa, ecologicamente correta, que não
enfoca o controle do vetor - o mosquito Aedes
aegypti - no veneno; a intervenção nos pontos de risco, como
as áreas onde são desenvolvidas atividades profissionais que
oferecem condições adequadas para a proliferação do vetor:
ferros velhos, depósitos de materiais de construção,
borracharias, etc e o novo contexto e as perspectivas do combate
à doença dentro do Programa Paidéia - Saúde da Família.
Epidemia arrastada
- Desde janeiro, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde
de Campinas detectou que 502 cidadãos campineiros foram
infectados pelo vírus da dengue. Do total, 416 casos são de
pessoas que foram infectadas no próprio município - ou seja: são
autóctones.
Este
ano, a epidemia de dengue em Campinas se apresenta com características
diferentes das identificadas em anos anteriores. A doença se
espalhou por 99 bairros da cidade. Além disso, a epidemia está
mais arrastada. O último caso confirmado é de um paciente que
apresentou sintomas em 1º de julho. Nos outros anos, os casos
eram confirmados até maio e a distribuição geográfica ficava
concentrada em algumas regiões.