A
Prefeitura de Campinas inicia, no próximo final de semana, a
campanha de vacinação contra a raiva animal. A Campanha se
estende por todos os finais de semana de setembro - com exceção
do final de semana do feriado do dia 7) - e também acontece no
primeiro final de semana de outubro. Na região Sudoeste, a vacinação
acontece amanhã e domingo (1 e 2 de setembro); na Leste, em 15 e
16 de setembro; na Norte, em 22 e 23 de setembro; na Noroeste, em
29 e 30 de setembro, e na Sul, em 6 e 7 de outubro.
Veja
os postos de vacinação para a região sudoeste, nestes sábado e
domingo.
A
expectativa e de vacinar 110 mil animais. O município recebeu 130
mil doses da vacina para a campanha. Em Campinas, o último caso
de raiva em animais domésticos foi registrado em 1999. A vacinação
em animais de grande porte é de responsabilidade do proprietário.
Epizootia
- O município de Campinas enfrenta uma epizootia de raiva em herbívoros.
Epizootia é a ocorrência de uma doença em muitos animais ao
mesmo tempo e no mesmo lugar. Os primeiros casos foram
diagnosticados na área rural do Distrito de Joaquim Egídio, em
2000. Em 2001, começaram a ocorrer casos também na área rural
de Sousas e, recentemente, na área rural do Taquaral, no bairro
Carlos Gomes. E a tendência é que a doença se manifeste também
nas regiões do 31 de Março e de Barão Geraldo.
Em
2000, a cidade confirmou 29 casos de raiva animal. Neste ano, até
agosto, já foram confirmados 23, sendo 10 casos em bovinos, 7 em
eqüinos e seis em morcego. Porém, de acordo com a Secretaria da
Saúde, os casos são subnotificados porque os proprietários ou
responsáveis não comunicam as ocorrência aos serviços de saúde
ou a Secretaria de Agricultura.
Atualmente,
o principal transmissor de raiva para os herbívoros (vacas,
cavalos, ovelhas e porcos) é o morcego hematófago - que se
alimenta de sangue. Porém, animais domésticos (cães e gatos),
principalmente gatos, são caçadores em potencial de morcegos.
Isto pode levar a uma introdução do vírus rábico nos animais
domésticos.
E,
de acordo com a Secretaria de Saúde, o controle da doença se
torna mais importante à medida em que pode atingir a população
humana, já que a doença não tem cura e leva a morte. Em julho
último, uma pessoa moradora de Dracena, no Estado de São Paulo,
morreu em conseqüência da raiva. O último caso de raiva humana
no Estado havia sido registrado em 1997. Em Campinas, o último
caso de raiva humana aconteceu em 1981.
Saiba
mais sobre a raiva:
O
que é? - A raiva é uma doença causada por vírus, que
ocorre nos mamíferos e pode ser transmitida ao homem pelo animal
infectado. É uma doença incurável, sempre fatal, tanto para os
homens como para os animais. No Brasil, a raiva humana ainda é um
grave problema de saúde pública
Evite:
-
Tocar em animais desconhecidos, com comportamento estranho,
feridos ou doentes
-
Perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo
-
Separar animais que estejam brigando
-
Entrar em grutas ou cavernas e tocar qualquer tipo de morcego
(vivo ou morto)
-
Criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat natural
O
quer fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver
vacinado contra a raiva:
-
Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão
-
Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo
-
Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de
comportamento, comunicar imediatamente o serviço de saúde; se
ele apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha
agredido ninguém, não o mate e procure o serviço de saúde
-
Quando estiver com indicação de esquema de vacina, nunca
interromper o tratamento sem ordens médicas
É
importante:
Que
a população
-
Leve seu animal para ser vacinado contra raiva
-
Observe seu animal se ele agredir uma pessoa
-
Não deixe o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao
sair
-
Notifique a existência de animais errantes nas vizinhanças de
seu domicílio
-
Informe o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores
ou não
-
Informe a existência de morcegos de qualquer espécie
Que
a Secretaria de Saúde:
-
Coloque à disposição da população serviços de saúde com
profissionais treinados para orientar as condutas corretas na
prevenção da raiva
-
Efetue a vacinação de cães e gatos, pelo menos uma vez por ano
-
Capture cães errantes, como medida de proteção a animais domésticos
e ao homem
-
Envie, rotineiramente e sistematicamente, material para exames de
laboratório para diagnóstico de raiva
-
Controle os focos da doença com as medidas de vigilância
epidemiológica
-
Promova a educação em saúde, utilizando todas as formas possíveis