Banco de Leite Humano de Campinas necessita de doadoras

01/08/2002

Serviço é uma parceria da Prefeitura com a Maternidade de Campinas e tem uma média de 82 receptores mensais. A semana mundial de incentivo ao aleitamento é comemorada na primeira semana de agosto. No Brasil, há dois anos, as comemorações acontecem na primeira semana de outubro

O Centro de Lactação Municipal de Campinas - Banco de Leite Humano corre o risco de, pela primeira vez na história de sua existência, ficar desabastecido. O estoque desta quinta-feira (1 de agosto) só dá para mais dois dias. A situação pode prejudicar os bebês pré-maturos, que são os receptores do leite humano. A falta do alimento para estes bebês aumenta o risco de infecção e de outras complicações.

Atualmente, a média mensal de receptores do Banco de Leite Humano é de 82 bebês. Em julho, o Centro recebeu 66 litros de leite. Deste total, 39 foram exclusivos – quando o bebê recebe o leite da própria mãe – e 27 foram leite humano – quando o bebê recebe de outra mulher que não seja sua mãe. Em maio, o Banco de Leite teve 38 doadoras. Em junho este número caiu para 26. Em julho, chegou a 21.

O que é o Banco de Leite

O Centro de Lactação Municipal de Campinas - Banco de Leite Humano é o serviço de referência do município responsável pela promoção e incentivo ao aleitamento materno. Além disso, é responsável pela coleta, processamento, armazenamento e distribuição de leite humano. Foi criado em 1993, numa parceria da Prefeitura com a Maternidade de Campinas.

O leite materno é o único alimento que deve ser oferecido ao bebê até o sexto mês de vida. Enquanto está oferece só o peito, a mãe não precisa dar água, chá ou qualquer outro tipo de alimento nos intervalos da mamada para o bebê.

As crianças amamentadas têm menor risco de apresentar alergias ou infecções. Além disso, o leite materno é econômico e prático, já que está sempre pronto, na temperatura adequada e livre do risco de contaminação, o que propicia crescimento e desenvolvimento mais saudáveis.

Orientações para o sucesso na amamentação:

É importante que toda mulher saiba que é capaz de amamentar, independente do tamanho das mamas e do formato dos mamilos. Durante a gestação, as mamas devem ser expostas ao sol, se possível por 10 minutos, entre 8h e 9h ou após as 16h. As gestantes também devem evitar uso de cremes ou óleos nos mamilos.

A mãe deve oferecer o peito, se possível, poucos minutos após o nascimento. Também deve amamentar sem horários fixos. O bebê não deve dormir no peito ou ficar longos períodos sem mamar.

Antes de colocar o bebê para mamar, se necessário, a mãe deve retirar o excesso de leite da aréola com os dedos, deixando-a macia e fácil de ser abocanhada. Ao posicionar o bebê para mamar, a mãe deve deixá-lo bem apoiado para que posicione a boca na aréola. Caso a mãe sinta dor, deve retirar o bebê e colocá-lo novamente.

Chupetas, mamadeiras ou qualquer outro bico não devem ser oferecidos ao bebê. Este tipo de objeto pode interferir na sucção do bebê e dificultar o aleitamento materno. A mãe também deve tentar oferecer os dois peitos na mesma mamada e iniciar sempre por aquele que foi sugado por último. Isto estimula a produção por igual nas mamas e permite que o leite posterior (rico em gorduras) seja bem aproveitado e que o bebê tenha um bom ganho de peso.

Se as mamas estiverem com grande quantidade de leite (empedradas), a mãe deve fazer massagem e retira o excesso de leite por meio de ordenha natural. Compressas quentes não devem ser feitas.

A mulher deve entrar em contato com o Centro de Lactação Municipal de Campinas - Banco de Leite Humano se desejar doar o leite, necessitar de orientações sobre amamentação e estiver com problemas nas mamas no período da amamentação. 

O Banco de Leite fica na avenida Orosimbo Maia, 165, no 5o andar da Maternidade de Campinas. 
O telefone é 19 3731 6039.

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