Equipes
do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e do Centro de Saúde
Joaquim Egídeo atuam como parceiros, na semana que vem, numa ação
de combate à raiva animal realizada por profissionais do Escritório
de Defesa Animal (EDA), da Secretaria de Agricultura do Estado.
A atividade tem como objetivo monitorar e controlar colônias de
morcegos hematófagos. Os profissionais do CCZ e do CS estão
servindo de guia para o EDA, apontando as colônias.
O morcego hematófago
é um importante transmissor da raiva, pois pode infectar
bovinos, eqüinos, além de outros animais e outras espécies de
morcegos. Todos estes animais podem transmitir a raiva para o
homem, através da saliva, por meio de mordedura, arranhadura ou
lambedura.
Nesta semana, a
Secretaria de Saúde finalizou o trabalho de cadastramento das
propriedades rurais da área do CS Taquaral. O trabalho,
iniciado em julho, faz parte da série de intervenções que estão
sendo adotadas para enfrentar a epizootia de raiva em herbívoros
na região Leste da cidade. As intervenções também incluem
realização de inquérito epidemiológico de raiva e o
mapeamento das colônias de morcego. O balanço da ação fica
pronto na próxima semana.
Epizootia
- Campinas enfrenta epizootia de raiva em herbívoros desde
2000, quando a doença atingiu animais no Distrito de Joaquim Egídio,
na região Leste da cidade. Em 2001, a doença atingiu também
Sousas e a área rural do Taquaral, quando a Secretaria de Saúde
confirmou 30 casos de raiva, distribuídos entre bovinos, eqüinos
e quirópteros - morcegos. Em 2002, já foram confirmados 24
casos em herbívoros e um em morcego.
A ocorrência
da doença em animais que convivem próximos ao ser humano
aumenta a probabilidade da doença, sempre fatal, atingir o
homem. Por isso, é importante que as pessoas também informem
sua equipe de saúde da família, o Centro de Saúde, o CCZ ou o
Escritório de Defesa Animal se algum animal morrer com suspeita
de raiva ou por outro motivo desconhecido.
Controle
- O controle da raiva em herbívoros deve ser feito por meio de
vacinação do rebanhos e do controle da população de
morcegos. A vacinação em animais de grande porte é de
responsabilidade do proprietário. Em áreas onde ocorre
epizootia a revacinação é obrigatória e deve ser feita a
cada seis meses.
Outra medida
importante no controle da raiva é a vacinação de cães e
gatos. Em Campinas, a Prefeitura realiza campanha de vacinação
contra a raiva para estes animais todo ano. Além disso, o
Centro de Controle de Zoonoses mantém a vacinação durante
todo ano. A vacinação é grátis. É muito importante que a
população leve também os gatos para serem vacinados.
Este ano, a
Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal no município começa
no segundo final de semana de setembro (14 e 15), se estende
para os quatro finais de semana seguintes e termina em 26 de
outubro. A expectativa é vacinar mais de 102 mil animais entre
cães e gatos.
Em 2001, foram
vacinados 102.504, sendo 94.076 cães e 8.458 gatos. Além
disso, para cada caso de raiva animal notificado foi realizada
vacinação intensiva de cães e gatos em toda região de abrangência
da propriedade em que houve o caso.
Além da vacinação,
é importante que a população contribua para diminuir o número
de animais abandonados que perambulam pelas ruas da cidade e
evite crias indesejáveis. As crias podem ser evitadas prendendo
a fêmea no cio ou por meio da castração.
Este ano, a
vacinação anti-rábica será em setembro, nos dias 14 e 15, na
Região Sul, 21 e 22, na Região Sudoeste, 28 e 29, na Região
Leste e, em outubro, nos dias 5 e 26 , na Região Norte, e 19 e
20, no Distrito Noroeste.