Equipes da
Secretaria da Saúde encontraram muitas dificuldades nesta
segunda-feira, 18 de agosto, no primeiro dia das ações de
combate a dengue na área das ruas Dr. Ricardo e Barão de
Parnaíba, nas proximidades da Rodoviária de Campinas. Os
profissionais, dos Distritos de Saúde Leste e Sul, visitaram
298 residências em quatro quarteirões para orientar os
moradores sobre sintomas da doença e como proceder ao
apresentar os primeiros sinais da doença que são febre alta,
dores de cabeça ou no corpo. Também vistoriaram os quintais
e dentro das casas para identificar e inviabilizar criadouros
do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da
doença.
De acordo com
a supervisora de controle ambiental Janilce Souza, do Distrito
de Saúde Leste, as casas do bairro são muito antigas, a
maioria com moradores que desconhecem detalhes simples como a
localização da caixa d’água. "Assim, as equipes não
puderam verificar, em muitos dos endereços, se reservatórios
de água estão devidamente lacrados", afirma Janilce. A
supervisora diz que o Aedes aegypti se reproduz na água
e como a caixa d’água é um reservatório muito grande, em
apenas um recipiente podem ser encontradas milhares de larvas
do mosquito.
As equipes
também encontraram uma grande quantidade de larvas do
mosquito nos reservatórios. A cada três casas, em uma foram
encontradas larvas, de acordo com Janilce. A proliferação do
mosquito é mais um fator de risco para a dengue. E quanto
maior a quantidade de mosquito, maior a disponibilidade de
vetores.
"A
constatação nos coloca em alerta. Com o trânsito intenso na
Rodoviária, o risco de algum passageiro doente ser picado por
um mosquito e iniciar uma transmissão no local é
enorme", explica Fernanda Borges, supervisora das ações
da dengue da Prefeitura. Diariamente, 12 mil pessoas passam
pela Rodoviária de Campinas.
Na ação
desta segunda-feira, as equipes telaram mais de 40 caixas d’água.
As telas impedem o acesso da fêmea do mosquito ao recipiente.
No total, foram visitados 258 endereços. Em 188 casas, os
moradores permitiram o acesso das equipes. Outras 66 estavam
fechadas ( para alugar ou vender) e apenas quatro moradores se
recusaram a receber os profissionais.
A supervisora
de controle ambiental Margarete Isaque, do Distrito Sul,
informa que, diante das dificuldades encontradas neste
primeiro dia de trabalho, as ações previstas para durar uma
semana devem se estender por pelo menos 10 dias. Amanhã, as
equipes estarão na rua 11 de Agosto, em frente à Rodoviária.