Saúde inicia ação contra a dengue na área da Rodoviária

18/08/2003

Equipes da Secretaria da Saúde encontraram muitas dificuldades nesta segunda-feira, 18 de agosto, no primeiro dia das ações de combate a dengue na área das ruas Dr. Ricardo e Barão de Parnaíba, nas proximidades da Rodoviária de Campinas. Os profissionais, dos Distritos de Saúde Leste e Sul, visitaram 298 residências em quatro quarteirões para orientar os moradores sobre sintomas da doença e como proceder ao apresentar os primeiros sinais da doença que são febre alta, dores de cabeça ou no corpo. Também vistoriaram os quintais e dentro das casas para identificar e inviabilizar criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus da doença.

De acordo com a supervisora de controle ambiental Janilce Souza, do Distrito de Saúde Leste, as casas do bairro são muito antigas, a maioria com moradores que desconhecem detalhes simples como a localização da caixa d’água. "Assim, as equipes não puderam verificar, em muitos dos endereços, se reservatórios de água estão devidamente lacrados", afirma Janilce. A supervisora diz que o Aedes aegypti se reproduz na água e como a caixa d’água é um reservatório muito grande, em apenas um recipiente podem ser encontradas milhares de larvas do mosquito.

As equipes também encontraram uma grande quantidade de larvas do mosquito nos reservatórios. A cada três casas, em uma foram encontradas larvas, de acordo com Janilce. A proliferação do mosquito é mais um fator de risco para a dengue. E quanto maior a quantidade de mosquito, maior a disponibilidade de vetores.

"A constatação nos coloca em alerta. Com o trânsito intenso na Rodoviária, o risco de algum passageiro doente ser picado por um mosquito e iniciar uma transmissão no local é enorme", explica Fernanda Borges, supervisora das ações da dengue da Prefeitura. Diariamente, 12 mil pessoas passam pela Rodoviária de Campinas.

Na ação desta segunda-feira, as equipes telaram mais de 40 caixas d’água. As telas impedem o acesso da fêmea do mosquito ao recipiente. No total, foram visitados 258 endereços. Em 188 casas, os moradores permitiram o acesso das equipes. Outras 66 estavam fechadas ( para alugar ou vender) e apenas quatro moradores se recusaram a receber os profissionais.

A supervisora de controle ambiental Margarete Isaque, do Distrito Sul, informa que, diante das dificuldades encontradas neste primeiro dia de trabalho, as ações previstas para durar uma semana devem se estender por pelo menos 10 dias. Amanhã, as equipes estarão na rua 11 de Agosto, em frente à Rodoviária.

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