Equipes da saúde visitam casas da Cidade Universitária em ação contra a dengue

19/08/2003

Empresas da área do Santa Mônica também estão incluídas nas ações contra a doença desenvolvidas nesta semana, na Região Norte da cidade

Agentes comunitários e supervisores e ajudantes de controle ambiental da Secretaria de Saúde dão continuidade nesta quarta-feira, 20 de agosto, ao mapeamento das casas da Cidade Universitária, em Barão Geraldo, para verificar a existência de criadouros do mosquito da dengue e se há moradores com os sintomas da doença. O primeiro sinal da dengue é febre acompanhada de um ou mais sintomas como dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas na pele. A Região Norte, onde está localizada a Cidade Universitária, registrou 101 casos de dengue desde o início de 2003.

Segundo o supervisor de controle ambiental Israel Correa da Costa, do Distrito de Saúde Norte, as equipes já visitaram 600 imóveis do bairro. A estimativa é de que existam pelo menos 1.500 residências no local. Israel diz que os criadouros mais encontrados no bairro até o momento são latas, calhas e piscinas. Durante as ações, as equipes inviabilizam criadouros removíveis – latas, pneus, vasos de plantas entre outros - e colocam larvicida biológico nas piscinas. O trabalho, iniciado há 15 dias, ainda deve durar mais duas semanas, segundo Israel.

As equipes do Distrito de Saúde Norte também desenvolvem nesta quarta-feira ações de combate à dengue no I.A.P.I., na área do Centro de Saúde Aurélia. De acordo com o supervisor de controle ambiental Roberto Ribeiro de Souza, a comunidade tem muitos idosos e a maioria deles tem vínculos com o Centro de Saúde. "Nas ações anteriores, encontramos principalmente pratos de vasos de plantas, latas e potes. Estes materiais são potenciais criadouros do mosquito da dengue e precisam ser removidos ou, no casos dos pratos, ocupados com areia", diz Roberto.

Ainda na Região Norte, na quinta-feira, 21 de agosto, profissionais de saúde vão visitar empresas localizadas na Estrada dos Amarais para verificar a existência de criadouros do mosquito da dengue. Os empreendimentos que desenvolvem atividades que podem representar algum risco para a doença já foram pontuados antecipadamente em ação desenvolvida por agentes de saúde. Agora, a equipes voltam aos locais para identificar problemas e, se necessário, as empresas serão notificadas para fazer a adequação. O trabalho ocorre nesta quinta-feira e na quinta e na sexta-feira da próxima semana, 28 e 29 de agosto.

Durante as ações nas empresas e residências, as equipes desenvolvem ações educativas e incentivam campineiros a tomar medidas simples para identificar e eliminar os focos do mosquito. Segundo Roberto, os profissionais de saúde alertam sobre os perigos da doença e distribuem cartilhas e panfletos.

Segundo levantamento recente da Prefeitura, mais de 80% dos focos do mosquito estão no interior das residências em vasos de planta, potes, latas e em garrafas nos quintais. E, de acordo com a enfermeira sanitarista Salma Balista, coordenadora da Vigilância e Saúde Ambiental da Prefeitura, não é difícil se livrar dos criadouros.

"É necessário só um pouco de boa vontade e atenção para transformar o ambiente em um local livre de dengue. São medidas simples como ajustar pratos aos vasos, manter garrafas de cabeça para baixo, pneus cobertos, lixos e cisternas tampados e a caixa d’água limpa e bem vedada", reforça.

Campinas registrou, desde janeiro, 451 casos de dengue.

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