Para
formar as equipes do Paidéia, a Prefeitura de Campinas
investe na capacitação dos futuros trabalhadores do Serviço
Único de Saúde (SUS). Desde o início desta administração,
essa proposta tem sido prioridade para a Secretaria Municipal
de Saúde do Município.
Com este
objetivo, a Secretaria estabeleceu parceria com as principais
universidades da região, Organizações Não Governamentais (ONGs)
e entidades como o Instituto de Pesquisas Especiais para a
Sociedade (IPES) e o SOS-Mulher, além de profissionais de
outras Secretarias da Prefeitura.
"O
objetivo é capacitar os profissionais para promover uma atenção
à saúde com qualidade, que respeite as necessidades do usuário",
diz a enfermeira sanitarista Jeanete Múfalo, coordenadora da
área de Recursos Humanos da Saúde.
Dentro das
atividades de Educação Permanente, apenas no primeiro
semestre deste ano, 1.130 trabalhadores participaram de
diversos cursos, além de seminários, oficinas, palestras, e
grupos de estudo. A iniciativa envolveu médicos, enfermeiros
e auxiliares de enfermagem, agentes de saúde e psicólogos,
entre outros. A Educação Continuada procura incentivar,
ainda, a liberação de trabalhadores para participar de
cursos de pós-graduação, mestrado, congressos e outras
atividades que contribuam na qualificação profissional.
Dentro da política
de Integração Ensino/Serviço, a Rede Municipal de Saúde
funciona como um campo de estágio para estudantes das quatro
principais universidades do município, Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp) Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUC-Campinas), Universidades Paulista (Unip) e
Universidade São Francisco (USF), bem como para alunos de
outras quinze escolas de nível técnico de Campinas. Durante
o ano, cerca de 2 mil estudantes são beneficiados por essa
política de integração.
"Nosso
trabalho nesse campo é muito amplo. A Rede de Saúde também
recebe estagiários de outros municípios como Jaguariúna,
Ribeirão Preto, Ijuí (RS)", enumera Jeanete Múfalo.
Ela ressalta, ainda, que essas parcerias incluem intercâmbios
internacionais com países como Argentina, Chile, Suíça e
Inglaterra.
Além dos
profissionais que integram as equipes de saúde da família, o
trabalho de capacitação inclui equipes de urgência e emergência,
atenção domiciliar, reabilitação psicossocial e dos
hospitais.
Ao ressaltar
a proposta da capacitação, a enfermeira Jeanete Múfalo faz
questão de destacar que "o mérito maior está na
reorganização da atenção feita pelo sistema de saúde".
Em outras palavras, ela explica que "isso pressupõe
mudar o jeito de fazer saúde promovendo atenção não só ao
indivíduo com um problema pontual, mas à sua família e ao
território que ela habita".