Equipe do Paidéia investiga surtos de catapora

28/08/2003

As equipes de saúde do Paidéia registraram, desde a última quarta-feira, 27 de agosto, dois surtos de catapora (varicela) e iniciaram investigação de mais quatro casos isolados em diferentes bairros da Região Noroeste de Campinas, além de um caso isolado na Sudoeste.

As notificações ocorreram um dia após a Secretaria de Saúde de Campinas divulgar informe para todos os serviços da rede municipal de saúde. De acordo com a nota, as equipes devem estar atentas para notificar e investigar surtos da doença.

Um dos surtos, com 19 casos, é de uma escola de ensino fundamental da Vila Perseu Leite de Barros. O outro, com 12, é de uma escola de ensino infantil no mesmo bairro. Dos quatro casos isolados, dois são de escolas na área do Balão do Laranja e outros dois de moradores do Satélite Íris III e do Satélite Íris I. A ocorrência da Sudoeste é do Jardim Quarto Centenário.

A estratégia para o controle da catapora em Campinas foi reforçada na última terça-feira, 26 de agosto, depois que a Secretaria de Saúde de Campinas foi informada pela Direção Regional de Saúde (Dir 12) da ocorrência de surtos em cidades vizinhas. Em Limeira, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 750 pessoas já foram atingidas e duas crianças morreram em decorrência de complicações da doença.

Medidas de controle

Segundo a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, os profissionais, ao registrarem os primeiros casos suspeitos, devem desencadear todas as medidas de controle necessárias para evitar a disseminação da varicela e o aparecimento de complicações. "Os profissionais devem monitorar o aparecimento de casos novos", diz.

Brigina explica que a varicela, também chamada catapora, não é uma doença de notificação obrigatória. No entanto, de acordo com ela, surtos e epidemias devem ser registrados e acompanhados para que se conheça melhor o comportamento da doença.

Saiba mais – A catapora é uma doença altamente contagiosa e acomete mais as crianças. No entanto, pode atingir também adolescentes e adultos que não tenham tido catapora antes.

O vírus que causa a catapora é especialmente adaptado para atacar a mucosa do aparelho respiratório e se propaga facilmente de pessoa para pessoa pelas gotinhas de saliva deixadas no ar ao falar, espirrar, tossir e também pelo contato direto com as lesões. Ocorre com mais freqüência no final do inverno e início da primavera.

Os sintomas são febre moderada, dor de cabeça, cansaço e mal-estar. As lesões na pele aparecem, geralmente, primeiro no couro cabeludo e são mais freqüentes no tronco. Nos casos mais graves, podem acometer rosto, braços e pernas. Em alguns casos, estão presentes na boca, garganta e olhos.

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