Denize Assis
A Prefeitura de
Campinas inaugura neste sábado, dia 21 de agosto, mais duas
unidades de saúde na Região Sul da cidade, o Módulo Paidéia
de Saúde da Família do Campo Belo 1 e o Centro de Atenção
Psicossocial (Caps) Antônio da Costa Santos. Os dois serviços
atendem a antigas reivindicações da população, dos gestores
municipais e servidores da saúde e foram previstos no Orçamento
Participativo (OP).
A cerimônia de
inauguração está prevista para 10h, no Caps Toninho, na
avenida São José dos Campos, s/n, e para às 15h no Módulo
Paidéia, na rua Ademir Cúbero Ruano, s/n, no Jardim Campo
Belo. A Prefeita Izalene Tiene e a secretária de Saúde, a médica
sanitarista Maria do Carmo Cabral Carpintéro, além de
representantes dos servidores da saúde e dos usuários estarão
presentes.
O Módulo Paidéia
do Campo Belo 1 vai funcionar no Centro de Ação Social
Integrada Espaço Consciência. Neste mesmo endereço, numa
iniciativa inédita, a Prefeitura inaugura um espaço da Fundação
Municipal para Educação Comunitária (Fumec) e um da
Secretaria de Desenvolvimento e Geração de Renda. As obras
tiveram início em junho deste ano e demandaram investimentos de
R$ 250 mil.
Com todos estes
equipamentos concentrados na mesma sede, a Administração reforça
a intersetorialidade. "Esta proximidade propicia ainda mais
a integração entre os setores no desenvolvimento de projetos
de inclusão social especialmente com crianças e adolescentes,
já que a população desta área é composta sobretudo por
adultos jovens", diz a médica sanitarista Tereza Martins,
coordenadora do Distrito de Saúde Sul.
O cirurgião
dentista Ricardo Abrantes do Nascimento, do apoio técnico do
Distrito de Saúde Sul, afirma que o módulo amplia o acesso e
melhora a qualidade da assistência a saúde a 9 mil pessoas
moradoras do Campo Belo. "Até então, estas pessoas tinham
que percorrer pelo menos 3 quilômetros para chegar ao Centro de
Saúde São Domingos e serem atendidas", diz.
O módulo,
segundo Nascimento, funciona como um Centro de Saúde pequeno,
com uma equipe do Paidéia composta por 1 médico generalista, 1
ginecologista, pediatra, dentista, 1 auxiliar de consultório de
dentista, sete auxiliares de enfermagem, seis agentes comunitários
de saúde e uma zeladora.
Com esta equipe
Paidéia, serão desenvolvidas atividades individuais e
coletivas dentro da unidade de saúde e no território e
atendimento domiciliar para pessoas que não podem se locomover.
Também serão promovidas atividades educativas e trabalhos na
perspectiva da construção da solidariedade e da geração de
renda.
"A equipe
também vai desenvolver ações em grupo como caminhada, ginástica
chinesa lian gong, grupos da terceira idade, de hipertensos e
diabéticos, de prevenção da gravidez na adolescência, de
gestantes, de saúde bucal, entre outros", afirma.
De acordo com
Justino da Silva, conselheiro do Orçamento Participativo da
Administração Regional (AR) 6 - que abrange a região do Campo
Belo -, o local será de extrema importância para a comunidade.
"Esse tipo de equipamento público representa um grande
avanço para aproximar Prefeitura e população. Nossa região
é muito carente de espaços públicos", disse.
O novo módulo
é a quinta unidade de saúde a ser inaugurada desde 2001 na
Região Sul da cidade com o objetivo de diminuir a exclusão
social. Neste período, foram inaugurados também os módulos
Paidéia do Oziel, Monte Cristo, Fernanda e Nova América. O módulo
do Campo Belo 1 fica na rua Ademir Cúbero Ruano, no Jardim
Campo Belo, e vai funcionar de segunda-feira a sexta-feira, das
7h às 18h.
Caps.
Para construir a nova sede do Centro de Atenção Psicossocial
(Caps) Antônio da Costa Santos, a Secretaria de Saúde investiu
R$ 301 mil, verba que é de emenda parlamentar e teve
contrapartida da Prefeitura definida no Orçamento Participativo
(OP).
Agora a unidade
fica na avenida São José dos Campos, s/n, ganhou um espaço
mais amplo, que inclui até um jardim, e vai melhorar ainda mais
a qualidade do atendimento aos seus 200 pacientes, todos
moradores da Região Sul de Campinas.
"E embora
tenha tido espaço ampliado, o Caps Toninho não deixou de ter o
caráter acolhedor de residência. Até a vizinhança veio dar
as boas vindas, o que é muito importante", diz a terapêuta
ocupacional Rosana Romanelli, coordenadora do Caps.
Segundo Rosana,
as primeiras casas nas quais funcionava o serviço ficaram
pequenas para a demanda, o que dificultava e desqualificava o
atendimento. Agora, segundo ela, o serviço pode passar pela
experiência de ter um espaço construído, pensado para ser
Caps. "O lugar é maior, mais acolhedor, mais bonito, o que
é bom para todos, para nós da equipe, para os pacientes e para
seus familiares", diz.
Rosana informa
que o Caps é um serviço de atenção comunitária, pública,
de base territorial, o que significa estar localizado num espaço
que facilita o acesso dos usuários, conforme diretriz do
programa de saúde mental de Campinas. "O centro
possibilita a maior participação de familiares, facilita a
integração do paciente no seu meio social e, desta maneira,
favorece sua recuperação", diz a coordenadora.
A equipe que
atende no centro é multiprofissional e conta com psiquiatras,
psicólogos, terapeutas ocupacionais, auxiliares de enfermagem,
enfermeiros, zeladores, guardas, pessoal administrativo e
motorista. O serviço conta com um Conselho Local de Saúde (CLS)
atuante e com a parceria dos Centros de Saúde, Organizações Não
Governamentais (ONGs) e outras entidades da Região Sul.
O Caps Toninho
funciona de segunda-feira a sexta-feira no período diurno e é
viabilizado por meio da co-gestão entre Secretaria Municipal de
Saúde e Serviço de Saúde Cândido Ferreira. Também possui
oito leitos para os pacientes que estão em crise e já são
atendidos no local. Os recursos para manutenção da unidade são
do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nove Centros. Nos
últimos três anos, foram inaugurados 4 Caps e 32 leitos psiquiátricos
na cidade. Com isso, atualmente, Campinas conta
com os Caps David Capistrano e Integração, que são Caps-Dia.
Os Caps Esperança, Novo Tempo, Estação e Antônio da Costa
Santos funcionam 24 horas e oferecem 32 leitos (8 em cada Caps)
para pacientes em situação de crise e já inseridos nos
centros. A cidade também possui um Caps para crianças, o Cevi.
Um para dependentes de álcool e outras drogas, que é o Criad,
e o Craisa, que recebe adolescentes usuários de droga e em
situação de rua.