Prefeitura inaugura Módulo Paidéia do Campo Belo 1 e Caps Toninho

20/08/2004

Denize Assis

A Prefeitura de Campinas inaugura neste sábado, dia 21 de agosto, mais duas unidades de saúde na Região Sul da cidade, o Módulo Paidéia de Saúde da Família do Campo Belo 1 e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Antônio da Costa Santos. Os dois serviços atendem a antigas reivindicações da população, dos gestores municipais e servidores da saúde e foram previstos no Orçamento Participativo (OP).

A cerimônia de inauguração está prevista para 10h, no Caps Toninho, na avenida São José dos Campos, s/n, e para às 15h no Módulo Paidéia, na rua Ademir Cúbero Ruano, s/n, no Jardim Campo Belo. A Prefeita Izalene Tiene e a secretária de Saúde, a médica sanitarista Maria do Carmo Cabral Carpintéro, além de representantes dos servidores da saúde e dos usuários estarão presentes.

O Módulo Paidéia do Campo Belo 1 vai funcionar no Centro de Ação Social Integrada Espaço Consciência. Neste mesmo endereço, numa iniciativa inédita, a Prefeitura inaugura um espaço da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec) e um da Secretaria de Desenvolvimento e Geração de Renda. As obras tiveram início em junho deste ano e demandaram investimentos de R$ 250 mil.

Com todos estes equipamentos concentrados na mesma sede, a Administração reforça a intersetorialidade. "Esta proximidade propicia ainda mais a integração entre os setores no desenvolvimento de projetos de inclusão social especialmente com crianças e adolescentes, já que a população desta área é composta sobretudo por adultos jovens", diz a médica sanitarista Tereza Martins, coordenadora do Distrito de Saúde Sul.

O cirurgião dentista Ricardo Abrantes do Nascimento, do apoio técnico do Distrito de Saúde Sul, afirma que o módulo amplia o acesso e melhora a qualidade da assistência a saúde a 9 mil pessoas moradoras do Campo Belo. "Até então, estas pessoas tinham que percorrer pelo menos 3 quilômetros para chegar ao Centro de Saúde São Domingos e serem atendidas", diz.

O módulo, segundo Nascimento, funciona como um Centro de Saúde pequeno, com uma equipe do Paidéia composta por 1 médico generalista, 1 ginecologista, pediatra, dentista, 1 auxiliar de consultório de dentista, sete auxiliares de enfermagem, seis agentes comunitários de saúde e uma zeladora.

Com esta equipe Paidéia, serão desenvolvidas atividades individuais e coletivas dentro da unidade de saúde e no território e atendimento domiciliar para pessoas que não podem se locomover. Também serão promovidas atividades educativas e trabalhos na perspectiva da construção da solidariedade e da geração de renda.

"A equipe também vai desenvolver ações em grupo como caminhada, ginástica chinesa lian gong, grupos da terceira idade, de hipertensos e diabéticos, de prevenção da gravidez na adolescência, de gestantes, de saúde bucal, entre outros", afirma.

De acordo com Justino da Silva, conselheiro do Orçamento Participativo da Administração Regional (AR) 6 - que abrange a região do Campo Belo -, o local será de extrema importância para a comunidade. "Esse tipo de equipamento público representa um grande avanço para aproximar Prefeitura e população. Nossa região é muito carente de espaços públicos", disse.

O novo módulo é a quinta unidade de saúde a ser inaugurada desde 2001 na Região Sul da cidade com o objetivo de diminuir a exclusão social. Neste período, foram inaugurados também os módulos Paidéia do Oziel, Monte Cristo, Fernanda e Nova América. O módulo do Campo Belo 1 fica na rua Ademir Cúbero Ruano, no Jardim Campo Belo, e vai funcionar de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 18h.

Caps. Para construir a nova sede do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Antônio da Costa Santos, a Secretaria de Saúde investiu R$ 301 mil, verba que é de emenda parlamentar e teve contrapartida da Prefeitura definida no Orçamento Participativo (OP).

Agora a unidade fica na avenida São José dos Campos, s/n, ganhou um espaço mais amplo, que inclui até um jardim, e vai melhorar ainda mais a qualidade do atendimento aos seus 200 pacientes, todos moradores da Região Sul de Campinas.

"E embora tenha tido espaço ampliado, o Caps Toninho não deixou de ter o caráter acolhedor de residência. Até a vizinhança veio dar as boas vindas, o que é muito importante", diz a terapêuta ocupacional Rosana Romanelli, coordenadora do Caps.

Segundo Rosana, as primeiras casas nas quais funcionava o serviço ficaram pequenas para a demanda, o que dificultava e desqualificava o atendimento. Agora, segundo ela, o serviço pode passar pela experiência de ter um espaço construído, pensado para ser Caps. "O lugar é maior, mais acolhedor, mais bonito, o que é bom para todos, para nós da equipe, para os pacientes e para seus familiares", diz.

Rosana informa que o Caps é um serviço de atenção comunitária, pública, de base territorial, o que significa estar localizado num espaço que facilita o acesso dos usuários, conforme diretriz do programa de saúde mental de Campinas. "O centro possibilita a maior participação de familiares, facilita a integração do paciente no seu meio social e, desta maneira, favorece sua recuperação", diz a coordenadora.

A equipe que atende no centro é multiprofissional e conta com psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, zeladores, guardas, pessoal administrativo e motorista. O serviço conta com um Conselho Local de Saúde (CLS) atuante e com a parceria dos Centros de Saúde, Organizações Não Governamentais (ONGs) e outras entidades da Região Sul.

O Caps Toninho funciona de segunda-feira a sexta-feira no período diurno e é viabilizado por meio da co-gestão entre Secretaria Municipal de Saúde e Serviço de Saúde Cândido Ferreira. Também possui oito leitos para os pacientes que estão em crise e já são atendidos no local. Os recursos para manutenção da unidade são do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nove Centros. Nos últimos três anos, foram inaugurados 4 Caps e 32 leitos psiquiátricos na cidade. Com isso, atualmente, Campinas conta com os Caps David Capistrano e Integração, que são Caps-Dia. Os Caps Esperança, Novo Tempo, Estação e Antônio da Costa Santos funcionam 24 horas e oferecem 32 leitos (8 em cada Caps) para pacientes em situação de crise e já inseridos nos centros. A cidade também possui um Caps para crianças, o Cevi. Um para dependentes de álcool e outras drogas, que é o Criad, e o Craisa, que recebe adolescentes usuários de droga e em situação de rua.

Volta ao índice de notícias