Denize Assis
Balanço da
Secretaria de Saúde de Campinas, divulgado nesta
segunda-feira, 23 de agosto, indica que 38,5 mil crianças
menores de cinco anos (51,36%) foram vacinadas contra a
poliomielite (paralisia infantil) no último sábado, dia 21
de agosto. A data marcou a abertura da Campanha Nacional de
Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. Também foram
aplicadas 29,3 mil doses contra o sarampo em crianças de 1 a
5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), o que corresponde a
48,21% da população do município nesta faixa etária.
O número de
doses aplicadas ficou acima da meta do Ministério da Saúde,
estipulada em 35% das populações alvo para o primeiro dia da
campanha, que termina dia 3 de setembro. Portanto, a
Secretaria de Saúde, informa que as doses continuam disponíveis
em todos os centros de saúde e módulos Paidéia de Saúde da
Família pelos próximos 12 dias e são totalmente gratuitas.
O objetivo, a partir de agora, é vacinar pelo menos 65% até
dia 26 de agosto e 90% até dia 2 de setembro. No dia 3 de
setembro, 95% das crianças deverão ter sido vacinadas.
O Ministério
da Saúde investiu, na campanha, aproximadamente R$ 103,5 milhões,
dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas, R$ 11,3 milhões
em repasses para as secretarias estaduais de Saúde
operacionalizarem a vacinação e aproximadamente R$ 4,5 milhões
para a divulgação.
De acordo com
o calendário de vacinação do Estado de São Paulo, a criança
menor de cinco anos deve receber a vacina oral – gotinha –
contra a poliomielite aos 2, 4 e 6 meses, além de um reforço
aos 15 meses e outro aos 5 anos. "E, independentemente de
ter tomado todas estas doses, a criança deve tomar a gotinha
nas campanhas", afirma a enfermeira sanitarista Maria do
Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde de Campinas.
A tríplice
viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) é aplicada aos 12
meses e, após a campanha de seguimento deste ano, toda criança
vai receber uma dose de reforço aos 5 anos.
A enfermeira
sanitarista Brigina Kemp, da Saúde Coletiva de Campinas,
informa que o sarampo é a doença febril exantemática de
maior freqüência no mundo, com uma taxa de mortalidade
importante e de fácil transmissão. Em 97, diz Brigina, o
Estado de São Paulo enfrentou uma epidemia da doença, com
mais de 20 mil casos e 24 óbitos. Todos os anos, mais de 800
mil crianças morrem em conseqüência do sarampo no mundo. A
meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) é reduzir o número
de casos para 400 mil em 2007.
"Por
isso, para reduzir o risco de reintrodução do vírus no
Brasil, é preciso, além de uma boa vigilância e altas
coberturas vacinais, manter homogeneidade, isto é boa
cobertura em todos os municípios e, dentro do município, em
todas as regiões", afirma.