Balanço indica vacinação de 38,5 mil contra a poliomielite e 29,3 mil contra o sarampo

23/08/2004

Denize Assis

Balanço da Secretaria de Saúde de Campinas, divulgado nesta segunda-feira, 23 de agosto, indica que 38,5 mil crianças menores de cinco anos (51,36%) foram vacinadas contra a poliomielite (paralisia infantil) no último sábado, dia 21 de agosto. A data marcou a abertura da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. Também foram aplicadas 29,3 mil doses contra o sarampo em crianças de 1 a 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), o que corresponde a 48,21% da população do município nesta faixa etária.

O número de doses aplicadas ficou acima da meta do Ministério da Saúde, estipulada em 35% das populações alvo para o primeiro dia da campanha, que termina dia 3 de setembro. Portanto, a Secretaria de Saúde, informa que as doses continuam disponíveis em todos os centros de saúde e módulos Paidéia de Saúde da Família pelos próximos 12 dias e são totalmente gratuitas. O objetivo, a partir de agora, é vacinar pelo menos 65% até dia 26 de agosto e 90% até dia 2 de setembro. No dia 3 de setembro, 95% das crianças deverão ter sido vacinadas.

O Ministério da Saúde investiu, na campanha, aproximadamente R$ 103,5 milhões, dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas, R$ 11,3 milhões em repasses para as secretarias estaduais de Saúde operacionalizarem a vacinação e aproximadamente R$ 4,5 milhões para a divulgação.

De acordo com o calendário de vacinação do Estado de São Paulo, a criança menor de cinco anos deve receber a vacina oral – gotinha – contra a poliomielite aos 2, 4 e 6 meses, além de um reforço aos 15 meses e outro aos 5 anos. "E, independentemente de ter tomado todas estas doses, a criança deve tomar a gotinha nas campanhas", afirma a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde de Campinas.

A tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) é aplicada aos 12 meses e, após a campanha de seguimento deste ano, toda criança vai receber uma dose de reforço aos 5 anos.

A enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Saúde Coletiva de Campinas, informa que o sarampo é a doença febril exantemática de maior freqüência no mundo, com uma taxa de mortalidade importante e de fácil transmissão. Em 97, diz Brigina, o Estado de São Paulo enfrentou uma epidemia da doença, com mais de 20 mil casos e 24 óbitos. Todos os anos, mais de 800 mil crianças morrem em conseqüência do sarampo no mundo. A meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) é reduzir o número de casos para 400 mil em 2007.

"Por isso, para reduzir o risco de reintrodução do vírus no Brasil, é preciso, além de uma boa vigilância e altas coberturas vacinais, manter homogeneidade, isto é boa cobertura em todos os municípios e, dentro do município, em todas as regiões", afirma.

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