Secretaria de Saúde reforça orientação para cuidados com baixa umidade do ar

23/08/2004

Talita El Kadri

A Secretaria de Saúde de Campinas reforçou hoje, dia 23 de agosto, a orientação para que os serviços da rede municipal de saúde orientem usuários sobre os cuidados relacionados à baixa umidade relativa do ar. De acordo com o Centro de Pesquisas Metereológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o índice nesta segunda-feira na cidade chegou aos 25%. Entre 30% e 20%, é recomendado estado de atenção devido aos riscos ambientais e para a saúde. E a previsão do Centro é de que não ocorram chuvas nem alterações nas condições climáticas na região nos próximos quatro dias.

Os reflexos ocasionados por esse quadro climático são complicações respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele, irritação dos olhos, eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos e aumento de potencial de incêndios em pastagens e florestas. As conseqüências para a saúde acometem pessoas de qualquer idade, mas quem mais sofre, devido principalmente às condições físicas, são as crianças e os idosos.

A orientação da Secretaria de Saúde para reduzir os desconfortos e evitar problemas ocasionados pelas condições atuais do clima é para a adoção de cuidados como evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h, umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, entre outros cuidados.

No caso de a umidade relativa do ar abaixar de 20% até 12 % - estado de alerta - a recomendação é, segundo o informe, usar soro fisiológico para olhos e narinas freqüentemente, evitar aglomerações em ambientes fechados, suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h, entre outros.

Quando a umidade relativa do ar atinge um nível abaixo de 12%, o estado é caracterizado como emergência. Nesta situação a Secretaria de Saúde determina a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 16h, como aulas de educação física, coleta de lixo e entrega de correspondência, suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas e cinemas, neste mesmo horário, e alerta também para a importância de manter ambientes internos umedecidos, principalmente hospitais e quartos de crianças.

Segundo a diretora técnica do Pronto Atendimento (PA) São José, a médica emergencista Rita Ferreira, crianças, idosos e portadores de doenças respiratórias ou pulmonares crônicas, como asma e bronquite, são os mais atingidos pelas conseqüências da diminuição da umidade relativa do ar. "As pessoas sofrem também com as variações bruscas de temperatura e o alto índice de poluição que tem a dispersão dificultada por causa da estiagem. Isso faz com que as vias aéreas ressequem, propiciando a proliferação mais rápida de vírus e bactérias".

O coordenador do PA São José, o enfermeiro Edílson Marcos Vicentin, acredita que, se o quadro climático continuar o mesmo nos próximos dias, a tendência é de aumento nos atendimentos por agravos no sistema respiratório. Ele orienta a população para que procure os serviços de saúde caso apresentem sintomas como dificuldades para respirar, vômitos freqüentes e persistentes, febre por mais de três dias e cansaço.

Para consultar as condições climáticas na cidade acesse o site: www.cpaunicamp.br/prev

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