Denize Assis
Equipes do
Distrito de Saúde Sul iniciam na próxima sexta-feira, dia 27
de agosto, uma série de 10 encontros para capacitação em
ginástica chinesa lian gong. O objetivo é ampliar o acesso
às sessões desta prática para pacientes atendidos pelos
Centros de Saúde (CSs) da Região Sul da cidade. "A meta
é ampliar esta opção, nas cinco regiões de Campinas, para
atender a todos que desejarem, como ocorre com outras
medicinas", diz o médico sanitarista Roberto Marden
Farias, diretor municipal de saúde.
Marden
informa que, desde 2001, a Secretaria de Saúde de Campinas
tem expandido as práticas naturais – não biomédicas - na
rede pública municipal de saúde. Segundo o sanitarista,
atualmente, mais de 2 mil pessoas se exercitam semanalmente
por meio da técnica do lian gong nos Centros de Saúde, Módulos
Paidéia de Saúde da Família e demais serviços da rede pública
municipal de Saúde de Campinas.
"Numa série
de 36 exercícios, o lian gong trabalha a musculatura, as
articulações e tendões do corpo todo. A gente recomenda
para pessoas com artrose, tendinite, fibromilagia, além de
outras queixas e para pessoal com mais idade. A ginástica
chinesa pode ser utilizada ainda na prevenção de agravos à
saúde. Para participar, basta o interesse do cidadão",
diz o médico sanitarista Alexandre César de Conti,
coordenador do Grupo de Estudos e Trabalhos em Racionalidades
Integrativas em Saúde (Getris) da Secretaria Municipal de Saúde.
Baseada na
tradicional medicina chinesa, a ginástica lian gong foi
criada há apenas 30 anos por um ortopedista chinês. Em
Campinas, ela passou a ser utilizada e expandia no Sistema Único
de Saúde por meio do projeto Corpo em Movimento, da
Secretaria de Saúde, e virou um sucesso entre os usuários.
Uma das
adeptas é a dona de casa Santina Filipe de Souza, usuária do
CS Aeroporto, na região Sudoeste de Campinas. Ela diz que a
ginástica chinesa a faz sentir-se mais jovem. "Tenho 65
anos mas desde que comecei com o lian gong passei a me sentir
como se tivesse 35. É bom mesmo", afirma.
"O
reflexo maior é a satisfação por parte da população. Além
disso, a prática diminui a utilização de medicamentos, a
demanda por especialidades, internações e a procura pelo
pronto-socorro. E, pensando do ponto de vista da saúde pública,
diminui custos", diz o coordenador do Getris.
Segundo César
de Conti, atualmente, além das aulas de ginástica chinesa
lian gong oferecidas em praticamente todas as unidades de saúde,
mais de dez Centros de Saúde oferecem, nos seus próprios
espaços, sessões gratuitas de acupuntura à população. E
mesmo nos Centros de Saúde que ainda não disponibilizam
estas terapêuticas complementares, o usuário pode se
informar sobre o Centro de Saúde mais próximo que ofereça o
serviço.
A Secretaria
de Saúde disponibiliza ainda fitoterapia e está trabalhando
para a formação de profissionais que vão atuar em outras
terapêuticas da medicina tradicional chinesa, como massagem,
meditação e orientação nutricional, que serão colocadas
à disposição da população já a partir de setembro.