Equipes são preparadas para ampliar oferta de lian gong na região Sul

24/08/2004

Denize Assis

Equipes do Distrito de Saúde Sul iniciam na próxima sexta-feira, dia 27 de agosto, uma série de 10 encontros para capacitação em ginástica chinesa lian gong. O objetivo é ampliar o acesso às sessões desta prática para pacientes atendidos pelos Centros de Saúde (CSs) da Região Sul da cidade. "A meta é ampliar esta opção, nas cinco regiões de Campinas, para atender a todos que desejarem, como ocorre com outras medicinas", diz o médico sanitarista Roberto Marden Farias, diretor municipal de saúde.

Marden informa que, desde 2001, a Secretaria de Saúde de Campinas tem expandido as práticas naturais – não biomédicas - na rede pública municipal de saúde. Segundo o sanitarista, atualmente, mais de 2 mil pessoas se exercitam semanalmente por meio da técnica do lian gong nos Centros de Saúde, Módulos Paidéia de Saúde da Família e demais serviços da rede pública municipal de Saúde de Campinas.

"Numa série de 36 exercícios, o lian gong trabalha a musculatura, as articulações e tendões do corpo todo. A gente recomenda para pessoas com artrose, tendinite, fibromilagia, além de outras queixas e para pessoal com mais idade. A ginástica chinesa pode ser utilizada ainda na prevenção de agravos à saúde. Para participar, basta o interesse do cidadão", diz o médico sanitarista Alexandre César de Conti, coordenador do Grupo de Estudos e Trabalhos em Racionalidades Integrativas em Saúde (Getris) da Secretaria Municipal de Saúde.

Baseada na tradicional medicina chinesa, a ginástica lian gong foi criada há apenas 30 anos por um ortopedista chinês. Em Campinas, ela passou a ser utilizada e expandia no Sistema Único de Saúde por meio do projeto Corpo em Movimento, da Secretaria de Saúde, e virou um sucesso entre os usuários.

Uma das adeptas é a dona de casa Santina Filipe de Souza, usuária do CS Aeroporto, na região Sudoeste de Campinas. Ela diz que a ginástica chinesa a faz sentir-se mais jovem. "Tenho 65 anos mas desde que comecei com o lian gong passei a me sentir como se tivesse 35. É bom mesmo", afirma.

"O reflexo maior é a satisfação por parte da população. Além disso, a prática diminui a utilização de medicamentos, a demanda por especialidades, internações e a procura pelo pronto-socorro. E, pensando do ponto de vista da saúde pública, diminui custos", diz o coordenador do Getris.

Segundo César de Conti, atualmente, além das aulas de ginástica chinesa lian gong oferecidas em praticamente todas as unidades de saúde, mais de dez Centros de Saúde oferecem, nos seus próprios espaços, sessões gratuitas de acupuntura à população. E mesmo nos Centros de Saúde que ainda não disponibilizam estas terapêuticas complementares, o usuário pode se informar sobre o Centro de Saúde mais próximo que ofereça o serviço.

A Secretaria de Saúde disponibiliza ainda fitoterapia e está trabalhando para a formação de profissionais que vão atuar em outras terapêuticas da medicina tradicional chinesa, como massagem, meditação e orientação nutricional, que serão colocadas à disposição da população já a partir de setembro.

Volta ao índice de notícias