Aumentar em pelo menos
10% a realização de testes de aids e doenças sexualmente
transmissíveis entre as mulheres no município. Este é o
objetivo da equipe do Programa Municipal (PM) de Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria de
Saúde da Prefeitura de Campinas em parceria com
profissionais de Centros de Saúde da rede pública de
Campinas, conforme estabelecido em seu Plano de Ações e
Metas (PAM) de 2006.
Estimativas da
coordenação do Centro de Referência do PM-DST/Aids de
Campinas, com base em projeções do Ministério da Saúde e
da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que só em
Campinas, aproximadamente 2.000 pessoas são portadoras
do vírus hiv (que provoca a aids) e não sabem. Deste
contingente, estima-se que pelo menos um terço sejam
mulheres.
Um das formas de
fortalecer as ações de prevenção, à aids e outras dst,
junto à população, afirma a enfermeira sanitarista Maria
Cristina Ilario, coordenadora do Programa DST/Aids de
Campinas, é incentivar a realização do teste de hiv de
maneira precoce, principalmente entre as mulheres.
Dados epidemiológicos da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Campinas mostram
que, na década de 80, início da epidemia de aids na
cidade, a síndrome era majoritariamente masculina. Uma
relação de 40 casos de aids entre homens para cada caso
entre mulheres chegou ser registrada nos anos 80.
Segundo o Programa DST/Aids,
no entanto, essa relação mudou e hoje a principal forma
de transmissão do hiv está nas relações sexuais
desprotegidas (sem uso de preservativos: camisinhas) nas
relações sexuais entre homens e mulheres heterossexuais,
ou seja, homens que só se relacionam sexualmente com
mulheres e mulheres que só se relacionam com homens.
E a relação
desproporcional de casos majoritamente verificados entre
homens, que foi realidade nas décadas passadas, hoje não
é mais realidade. O maior avanço da epidemia, segundo o
Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde
está entre as mulheres, o que inclui tanto as mulheres
solteiras como casadas. A relação é praticamente de um
caso de aids em homem para cada caso em mulher.
Pelo menos dez Unidades
Básicas de Saúde (UBS) de Campinas (localizadas em três
diferentes regiões da cidade), iniciaram ou estão
implantando projetos de prevenção à aids e às doenças
sexualmente transmissíveis (dst) para mulheres em
parceria com o Programa Municipal de DST/Aids da
Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas.
A primeira unidade básica
da rede a executar projeto descentralizado com
vinculação de recursos financeiros do Plano de Ações e
Metas do Programa DST/Aids de Campinas foi o Centro de
Saúde do Jardim Itatinga, escolhido durante a elaboração
do Plano, em 2005. As outras unidades já definidas são
Centro de Saúde do Parque São Quirino, Vila 31 de Março
e Jardim Conceição (os três na região Leste), Centro de
Saúde do Jardim Florence (Noroeste), Centro de Saúde do
Jardim Santa Mônica e a UBS localizada junto ao Complexo
da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU).
As unidades são definidas
e confirmam adesão ao projeto após rodadas de reuniões
junto às Coordenações Distritais de Saúde. Os projetos
estão em fase de implantação nas regiões Norte, Leste,
Noroeste e Sudoeste. Segundo a coordenadora do Programa
Municipal de DST/Aids de Campinas, Maria Cistina Ilario,
o objetivo é que a população tenha cada vez mais fácil o
acesso ao teste e demais informações para proteger-se
das doenças sexualmente transmissíveis e do hiv/aids.