A Prefeitura de Campinas,
por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai mobilizar
1.375 profissionais de saúde em 289 postos de vacinação
no próximo sábado, dia 26 de agosto, na segunda etapa da
Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia
Infantil que tem o slogan O seu filho quer a segunda
dose de sua atenção. Para o transporte e locomoção das
equipes, serão disponibilizados 120 veículos. E, para
garantir a vacinação mesmo em áreas de difícil acesso,
como zona rural, haverá postos móveis.
Segundo o secretário
municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, é
necessário mobilizar o maior número possível de
profissionais de saúde e toda sociedade para atingir a
meta que é vacinar pelo menos 69,8 mil crianças menores
de cinco anos contra a doença num único dia, o
equivalente a 95% da população nesta faixa etária em
Campinas. Na primeira etapa da campanha, em 10 de junho,
Campinas atingiu 82,88% de cobertura.
A vacinação é das 8 da
manhã às 5 da tarde e é necessário levar a carteira de
vacinas porque serão atualizadas as doses das demais
vacinas que estiverem em atraso. No entanto, a criança
poderá receber as doses mesmo sem a carteira.
A vacinação de todas as
crianças, ao mesmo tempo e em todas as localidades, é
uma das mais fundamentais ações para preservarmos a
erradicação da paralisia infantil, diz Saraiva.
A vacina contra a
poliomielite é segura e não apresenta contra-indicações.
É importante que os pais levem as crianças mesmo as que
tiverem tomado a dose na primeira etapa e
independentemente delas estarem com febre, rinite, tosse
ou diarréia, afirma.
O secretário reforça que
é necessário que as pessoas compreendam que vacinar seus
filhos na campanha, também ajuda a proteger as outras
crianças. Vacinar todos ao mesmo tempo garante a
homogeneidade necessária para impedir que a pólio volte
a ocorrer no nosso bairro, na nossa cidade, no país,
afirma.
Em Campinas, o último
caso de poliomielite foi verificado em 1980. No Estado
de São Paulo, em 1981. No Brasil, os últimos casos foram
nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, em 1989.
Em 1994, o continente americano recebeu da Organização
Mundial de Saúde (OMS) o reconhecimento pela erradicação
da transmissão autóctone da doença. Os países do
Pacífico Ocidental receberam o reconhecimento em 2000 e,
a Europa, em 2002.
No entanto, a
poliomielite ainda ocorre na África, Sudeste da Ásia e
Mediterrâneo Oriental. Segundo a OMS, o número de casos
de poliomielite no mundo aumentou de 1.255, em 2004,
para 1.938, em 2005.
Por isso, é fundamental
manter as campanhas de vacinação contra a pólio -
atingindo todas as crianças ao mesmo tempo e em todas as
localidades - mesmo nos países que já erradicaram a
doença, uma vez que o fluxo intenso e rápido de
viajantes pelo mundo pode, facilmente, propagar o
poliovírus, diz a médica pediatra Maria Fernanda Haddad,
coordenadora municipal da saúde da criança.
Informações sobre locais
de vacinação podem ser obtidas pelo telefone 156, da
Prefeitura.
Denize Assis