Campinas vai mobilizar 1,3 mil servidores em 292 postos na 2a etapa contra a pólio

24/08/2006

Na campanha, que acontece sábado, 26, das 8h da manhã às 5h da tarde,
o município pretende vacinar pelo menos 69,8 mil crianças menores de cinco anos

A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai mobilizar 1.375 profissionais de saúde em 289 postos de vacinação no próximo sábado, dia 26 de agosto, na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Paralisia Infantil que tem o slogan O seu filho quer a segunda dose de sua atenção. Para o transporte e locomoção das equipes, serão disponibilizados 120 veículos. E, para garantir a vacinação mesmo em áreas de difícil acesso, como zona rural, haverá postos móveis.

Segundo o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, é necessário mobilizar o maior número possível de profissionais de saúde e toda sociedade para atingir a meta que é vacinar pelo menos 69,8 mil crianças menores de cinco anos contra a doença num único dia, o equivalente a 95% da população nesta faixa etária em Campinas. Na primeira etapa da campanha, em 10 de junho, Campinas atingiu 82,88% de cobertura.

A vacinação é das 8 da manhã às 5 da tarde e é necessário levar a carteira de vacinas porque serão atualizadas as doses das demais vacinas que estiverem em atraso. No entanto, a criança poderá receber as doses mesmo sem a carteira.

A vacinação de todas as crianças, ao mesmo tempo e em todas as localidades, é uma das mais fundamentais ações para preservarmos a erradicação da paralisia infantil, diz Saraiva.

A vacina contra a poliomielite é segura e não apresenta contra-indicações. É importante que os pais levem as crianças mesmo as que tiverem tomado a dose na primeira etapa e independentemente delas estarem com febre, rinite, tosse ou diarréia, afirma.

O secretário reforça que é necessário que as pessoas compreendam que vacinar seus filhos na campanha, também ajuda a proteger as outras crianças. Vacinar todos ao mesmo tempo garante a homogeneidade necessária para impedir que a pólio volte a ocorrer no nosso bairro, na nossa cidade, no país, afirma.

Em Campinas, o último caso de poliomielite foi verificado em 1980. No Estado de São Paulo, em 1981. No Brasil, os últimos casos foram nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, em 1989. Em 1994, o continente americano recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o reconhecimento pela erradicação da transmissão autóctone da doença. Os países do Pacífico Ocidental receberam o reconhecimento em 2000 e, a Europa, em 2002.

No entanto, a poliomielite ainda ocorre na África, Sudeste da Ásia e Mediterrâneo Oriental. Segundo a OMS, o número de casos de poliomielite no mundo aumentou de 1.255, em 2004, para 1.938, em 2005.

Por isso, é fundamental manter as campanhas de vacinação contra a pólio - atingindo todas as crianças ao mesmo tempo e em todas as localidades - mesmo nos países que já erradicaram a doença, uma vez que o fluxo intenso e rápido de viajantes pelo mundo pode, facilmente, propagar o poliovírus, diz a médica pediatra Maria Fernanda Haddad, coordenadora municipal da saúde da criança.

Informações sobre locais de vacinação podem ser obtidas pelo telefone 156, da Prefeitura.

Denize Assis

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