A Secretaria Municipal de
Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa),
promoveu nesta sexta-feira, dia 17 de agosto, encontro com
as equipes de saúde das redes pública e privada de saúde de
Campinas para informar sobre a situação epidemiológica da
doença meningocócica – inclui meningite e meningococcemia –
no município, detalhar a ocorrência do surto da Vila
Esperança (na região norte da cidade) e atualizar os
profissionais em relação ao diagnóstico e tratamento da
doença.
Este ano, foram registrados
24 casos de doença meningocócica em Campinas, sendo nove
deles num surto na Vila Esperança/Jardim São Marcos entre 10
de julho e 10 de agosto. Este foi o primeiro surto
registrado em Campinas.
“Trata-se de um fato
inusitado, restrito àquela comunidade. No restante do
município, a situação se mantém muito semelhante à de anos
anteriores, com casos esporádicos, espaçados, distribuídos
de maneira generalizada”, informou a enfermeira sanitarista
Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica
Municipal, durante apresentação no encontro.
Em 2006, no mesmo período, de
janeiro a agosto, foram registrados 17 casos de doença
meningocócica em Campinas, com prevalência do sorogrupo B.
No ano todo, foram 26 casos com três óbitos.
Em 2007, excluindo o surto,
Campinas tem 15 casos, com prevalência do sorogrupo C e com
deslocamento da faixa etária para maiores de cinco anos. Não
houve óbitos.
Em todos os casos da doença,
imediatamente após notificação, é desencadeada
quimioprofilaxia – administração de antibiótico para todos
os contatos íntimos do caso. Em relação ao surto, como
medida complementar à quimioprofilaxia, foi realizada
vacinação de bloqueio para pessoas até 34 anos moradoras nas
vizinhanças das pessoas acometidas. Mais de 200 pessoas
foram mobilizadas para a ação, quando foram aplicadas mais
de 6,9 mil doses da vacina.
Além de Brigina, a médica
infectologista Márcia Teixeira Garcia, da Seção de
Epidemiologia Hospitalar do Núcleo de Vigilância
Epidemiológica do Hospital de Clínicas da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), também ministrou aula no
encontro.
Márcia falou sobre a doença,
agente etiológico, fatores determinantes, sintomas,
diagnóstico, tratamento, profilaxia e ilustrou a
apresentação com avaliação de casos atendidos no HC da
Unicamp.
Ao final das apresentações,
os participantes puderam esclarecer dúvidas.
Denize Assis