A Secretaria de Saúde de
Campinas informou nesta segunda-feira, dia 26 de agosto, que
56.474 crianças foram vacinadas no sábado, dia 25 de agosto,
na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação Infantil.
O número corresponde a 81,21% de cobertura do total de
crianças menores de cinco anos na cidade que é de
aproximadamente 69 mil. A Campanha prossegue no município
até a próxima sexta-feira, dia 31 de agosto, em todos os
centros de saúde. A expectativa é atingir 95% desta
população até o final da campanha.
A vacinação foi aberta no
sábado, às 8h,
durante o
Prefeitura Itinerante,
pelo Prefeito, Hélio de Oliveira Santos,
no posto
de vacinação da EMEF Clotilde Barraquet Von Zuben,
e prosseguiu até 17h em 288 postos espalhados por todas as
regiões de Campinas. Dr. Hélio, que é médico pediatra,
aplicou a primeira dose de vacina e ressaltou a importância
das campanhas lembrando que a estratégia é uma das mais
fundamentais ações para a manutenção da erradicação da
paralisia infantil no País.
Uma das crianças a serem
vacinadas no sábado foi Wilson Floriano Siris. Ele foi
levado na primeira hora da manhã pela avó, a diarista Édina
Rodrigues Gomes, ao posto
da EMEF
Clotilde Barraquet. “A vacina é muito importante. Previne
doenças. Nunca deixei meus filhos sem vacinas e faço o mesmo
com meus netos”, disse Édina.
A dona de
casa Simone Cristine de Toledo, de 32 anos, também levou o
filho Vinícius Gabriel, de 3 anos, bem cedinho ao posto da
EMEF Clotilde Barraquet. “É muito importante. Não perco uma
campanha e gosto de vir bem cedo”, afirmou Simone, que mora
no Jardim Satélite Íris III.
“É muito importante que as
famílias, a exemplo de dona Édina e Simone, se conscientizem
da importância da vacinação contra a paralisia infantil. E,
além da conscientização dos pais e responsáveis, temos que
ampliar esta rede para pediatras e outros profissionais de
saúde para que eles propaguem e sensibilizem a comunidade
sobre a importância da vacina oral contra a paralisia
infantil”, diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp,
coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas.
Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), a vacina oral contra a poliomielite
é a única vacina capaz de erradicar a doença no mundo. No
Brasil, a utilização da vacina oral durante as campanhas é
recomendada pelo Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira
de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunização e se
constitui em ação complementar para a vacinação de rotina. O
vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia e
causou quase dois mil casos em 2006. Em 2007, foram
registrados 283 casos até o mês de julho.
“Por isso, durante toda esta
semana, pais e responsáveis por crianças que não tomaram a
dose no sábado devem levá-las a um centro de saúde,
independente da criança ter tomado várias doses
anteriormente e independente do tipo de vacina que ela toma
– oral ou injetável. Vacinar todos ao mesmo tempo garante a
homogeneidade necessária para impedir que a pólio volte a
ocorrer no nosso bairro, na nossa cidade, no país. A
carteira de vacinas deve ser levada porque esta é uma
oportunidade de atualizar doses que eventualmente possam
estar atrasadas”, diz Brigina.
Erradicação -
A estratégia de aplicar a Vacina Oral contra a Poliomielite
(VOP) em massa foi adotada em 1980, quando foi realizado
pela primeira vez o Dia Nacional de Vacinação contra a
doença. Essa estratégia levou à erradicação da doença em
território nacional. O último caso de pólio no País foi
registrado em 1989, em Sousa, na Paraíba. Em Campinas, o
último caso foi em 1981.
Denize Assis