Balanço parcial aponta que Campinas vacinou mais de 29,9 mil contra a pólio

13/08/2011

Autor: Denize Assis

Equipes da Secretaria de Saúde de Campinas vacinaram mais de 29.953 crianças de zero a cinco anos contra a poliomielite neste sábado, 13 de agosto, em todas as regiões da cidade na abertura da 2ª etapa da Campanha Nacional de Vacinação Infantil. O número corresponde a 44,34% das crianças nesta faixa etária no município. O balanço é parcial até 16h e não considera os postos volantes.

O lançamento da campanha ocorreu às 9h no Centro de Saúde (CS) Paranapanema, na região sul de Campinas. O secretário adjunto de Saúde, Pedro Humberto Scavarielo, e as enfermeiras sanitarista Maria Alice Satto, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e Márcia Amaral, coordenadora do CS Paranapanema, além de representantes do Distrito de Saúde Sul e toda equipe do CS participaram da abertura, que contou ainda com a presença de pais e crianças de vários bairros localizados no entorno da unidade.

“Na primeira etapa, em junho, superamos a meta e atingimos 97% de cobertura vacinal, o melhor resultado dos últimos anos. Nossa expectativa é que este resultado se repita. Aderir à campanha, além de proteger individualmente a criança, é um ato de cidadania porque protege toda coletividade”, afirmou o secretário adjunto durante a abertura.

Todas as crianças menores de cinco anos devem ser imunizadas contra a poliomielite, inclusive quem já foi vacinado várias vezes antes e quem não tomou a dose na primeira fase. A meta é vacinar 95% do público alvo, formado por 68 mil crianças em Campinas. Para este dia D de mobilização, 310 postos foram abertos em todas as regiões de Campinas. Ao todo, 1.300 profissionais trabalharam na campanha, que contou com a utilização de 100 veículos para as ações de apoio logístico e transporte das equipes.

A sanitarista Maria Alice Satto afirma que, apesar do Brasil não registrar mais casos de poliomielite, é imprescindível que todas as crianças nesta faixa etária tomem as doses na rotina e na campanha. Segundo ela, esta doença ainda persiste no mundo em países da África e Ásia, alguns dos quais inclusive mantêm relações comerciais com o Brasil.

“A pólio é uma doença transmissível e, com a facilidade de acesso entre estas nações, se as pessoas não estiverem protegidas com a vacina existe a possibilidade de reintrodução do vírus em nosso meio. São estas campanhas que formam um cinturão de proteção para que esta doença não volte acometer nossas crianças”, afirma.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada e transmitida por um vírus (o poliovírus) e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

O Brasil está livre da circulação do Poliovirus Selvagem há 22 anos. Em 1994, o país obteve o Certificado Internacional de Erradicação da Transmissão Autóctone e, desde então, comprometeu-se a manter altas coberturas vacinais, maiores ou igual a 90%. A partir de 2005, essa meta foi alterada para 95% do público alvo. O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989, na Paraíba.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 26 países ainda registram casos da doença. Quatro deles – Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão – são endêmicos, ou seja, possuem transmissão constante.

A campanha prossegue a partir de segunda-feira, dia 15, em todos os Centros de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de Campinas. Informações sobre endereços e horários de funcionamento podem ser obtidas pelo Disque Saúde, no 160, ou pelo telefone 156.

Mais informações: Assessoria de Imprensa

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