A Secretaria de Saúde
de Campinas é convidada pela organização do Fórum Estadual
de Tuberculose para falar sobre a experiência do município com
o trabalho dos agentes comunitários de saúde do Paidéia no
tratamento da doença.
O Fórum
acontece na cidade de São Paulo, nesta quarta-feira (4 de
setembro), no Parlatino, na avenida Auro Soares M. Andrade, 564,
das 8h às 17h.
A experiência
de Campinas, denominada de Tratamento Supervisionado Modificado,
tem dado resultados positivos. O trabalho dos agentes de saúde
- que tem como base o acolhimento e o vínculo - e a proximidade
deles com o paciente tem evitado que as pessoas abandonem o
tratamento.
"Esta
forma de cuidar já melhorou o tratamento dos portadores de
tuberculose. O impacto nos índices de cura e abandono já poderá
ser avaliado no próximo ano", diz Brigina Kemp, enfermeira
sanitarista, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de
Campinas.
Brigina Kemp e
a auxiliar de enfermagem Silvana Renata Oliveira, que trabalha
no Centro de Saúde São Quirino, vão representar Campinas no Fórum.
Brigina vai falar sobre o Programa Paidéia – Saúde da Família,
por meio do qual foi possível estender o Tratamento
Supervisionado Modificado para todo o município. Ela também
vai contar sobre a humanização do tratamento e sobre o Projeto
Terapêutico Individual que leva em conta as especificidades de
cada paciente e que para cada paciente tem uma forma diferente
de lidar.
A auxiliar de
enfermagem Silvana vai relatar dois casos de pacientes que evoluíram
para cura porque foram acompanhados, apoiados e estimulados de
perto por ela e pela equipe do Paidéia.
Brigina Kemp
ainda vai contar a experência do Amda (Ambulatório Municipal
de DST/AIDS). O ambulatório desenvolveu e implantou o
Tratamento Supervisionado Modificado para pacientes
co-infectados por AIDS e tuberculose. Por meio dele, o Amda
conseguiu aumentar para quase 100% a taxa de cura e diminuir a
taxa de abandono. E ainda vai falar sobre o impulso que o
Programa de Tuberculose desenvolvido por Campinas ganhou a
partir de 98.
Saiba
mais sobre o Tratamento Supervisionado Modificado
- O Tratamento Supervisionado Modificado é uma modificação do
Tratamento Supervisionado (DOT) proposto pela Organização
Mundial de Saúde, no qual o profissional de saúde deve
observar o paciente engolir a medicação, em pelo três
visitas, desde o início do tratamento.
No
modelo proposto por Campinas, o paciente é acolhido, assistido
e estimulado por meio das visitas dos agentes comunitários de
saúde. Além disso, os profissionais trabalham para que o
paciente desenvolva autonomia no tratamento.
A grande
diferença do Tratamento Supervisionado Modificado, porém, está
na construção do vínculo entre paciente e profissionais da saúde
e da assistência social. A freqüência dos contatos entre
equipe de saúde e paciente é maior e, além disso, são
desenvolvidos projetos terapêuticos individuais e a cidadania
também é estimulada.