Mário Gatti forma comissão para controlar reciclagem de detritos

17/09/2002

O Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti" planeja, a curto prazo, reduzir em cerca de 1,7 tonelada a quantidade de lixo hospitalar encaminhada mensalmente para processamento. Para isso, a comissão responsável pelo Projeto HospitaLimpo do HMMG retomou o trabalho de seleção e reciclagem dos resíduos produzidos em todas as áreas do Hospital.

A enfermeira, Carla das Virgens Caiado, integrante da comissão, explica que, no último mês de agosto, o HMMG produziu 15 toneladas de lixo hospitalar. Segundo ela, a Prefeitura paga cerca de R$ 1.500,00 para cada tonelada de lixo processado. "A redução dessa quantidade vai propiciar uma boa economia, uma vez que o material que pode ser reciclado deixa de ser encaminhado para processamento", afirma a enfermeira.

A seleção do lixo já está sendo feita em alguns setores do Mário Gatti, como Laboratório, Núcleo de Epidemiologia Hospitalar (NEH), Diretoria e Almoxarifado.

Nas demais áreas, a comissão atua no diagnóstico de resíduos, isto é, os responsáveis pelo HospitaLimpo estão averiguando o tipo de material produzido para a distribuição das lixeiras específicas.

Hoje, o Mário Gatti conta, no pátio do Hospital, com um grande contêiner que serve para depósito do material reciclavel, inclusive dos resíduos trazidos das residências dos funcionários. O contêiner foi obtido graças a uma parceria entre o HMMG e o Departamento de Limpeza Urbana (DLU).

No caso da destinação correta das lâmpadas fluorescentes, o HMMG só está aguardando a liberação da Cetesb para o transporte de 1.200 unidades. Esse trabalho será feito pela empresa Mega Reciclagem de Materiais Ltda., de Curitiba.

Conscientização

A Comissão responsável pelo Projeto Hospital Limpo também pretende retomar o projeto "Lixotour" . A iniciativa consiste em levar os funcionários do Hospital para visitar aterros sanitários e lixões da cidade.

"A melhor forma de conscientização é a pessoa ver o quanto determinados produtos, que poderiam ser reciclados, são nocivos para o meio ambiente quando jogados nos aterros", coloca Rogério F. Carvalho, técnico em laboratório e coordenador do Projeto em seu local de trabalho..

Rogério lembra que das 800 toneladas de lixo domiciliar de Campinas que são encaminhadas para o aterro sanitário, 240 t. são composta de material reciclável. O técnico ressalta que, a médio prazo, o objetivo é fazer com que todo esse matrial reciclável seja encaminhado para cooperativas descentralizadas.

Atualmente, os resíduos recicláveis do Mário Gatti são encaminhados para o DLU, local onde são realizadas oficinas de preparo das novas cooperativas.

A segunda etapa do projeto propõe que esse material seja destinado à futura Cooperativa Descentralizada do Bairro São Bernardo, Região Sul da cidade e área de abrangência do HMMG.

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