O Hospital
Municipal "Dr. Mário Gatti" planeja, a curto prazo,
reduzir em cerca de 1,7 tonelada a quantidade de lixo hospitalar
encaminhada mensalmente para processamento. Para isso, a comissão
responsável pelo Projeto HospitaLimpo do HMMG retomou o
trabalho de seleção e reciclagem dos resíduos produzidos em
todas as áreas do Hospital.
A enfermeira,
Carla das Virgens Caiado, integrante da comissão, explica que,
no último mês de agosto, o HMMG produziu 15 toneladas de lixo
hospitalar. Segundo ela, a Prefeitura paga cerca de R$ 1.500,00
para cada tonelada de lixo processado. "A redução dessa
quantidade vai propiciar uma boa economia, uma vez que o
material que pode ser reciclado deixa de ser encaminhado para
processamento", afirma a enfermeira.
A seleção do
lixo já está sendo feita em alguns setores do Mário Gatti,
como Laboratório, Núcleo de Epidemiologia Hospitalar (NEH),
Diretoria e Almoxarifado.
Nas demais áreas,
a comissão atua no diagnóstico de resíduos, isto é, os
responsáveis pelo HospitaLimpo estão averiguando o tipo de
material produzido para a distribuição das lixeiras específicas.
Hoje, o Mário
Gatti conta, no pátio do Hospital, com um grande contêiner que
serve para depósito do material reciclavel, inclusive dos resíduos
trazidos das residências dos funcionários. O contêiner foi
obtido graças a uma parceria entre o HMMG e o Departamento de
Limpeza Urbana (DLU).
No caso da
destinação correta das lâmpadas fluorescentes, o HMMG só está
aguardando a liberação da Cetesb para o transporte de 1.200
unidades. Esse trabalho será feito pela empresa Mega Reciclagem
de Materiais Ltda., de Curitiba.
Conscientização
A Comissão
responsável pelo Projeto Hospital Limpo também pretende
retomar o projeto "Lixotour" . A iniciativa consiste
em levar os funcionários do Hospital para visitar aterros sanitários
e lixões da cidade.
"A melhor
forma de conscientização é a pessoa ver o quanto determinados
produtos, que poderiam ser reciclados, são nocivos para o meio
ambiente quando jogados nos aterros", coloca Rogério F.
Carvalho, técnico em laboratório e coordenador do Projeto em
seu local de trabalho..
Rogério lembra
que das 800 toneladas de lixo domiciliar de Campinas que são
encaminhadas para o aterro sanitário, 240 t. são composta de
material reciclável. O técnico ressalta que, a médio prazo, o
objetivo é fazer com que todo esse matrial reciclável seja
encaminhado para cooperativas descentralizadas.
Atualmente, os
resíduos recicláveis do Mário Gatti são encaminhados para o
DLU, local onde são realizadas oficinas de preparo das novas
cooperativas.
A segunda etapa
do projeto propõe que esse material seja destinado à futura
Cooperativa Descentralizada do Bairro São Bernardo, Região Sul
da cidade e área de abrangência do HMMG.