Prefeitura vacina animais contra raiva animal na Região Sudoeste

17/09/2002

Campanha se estende por todos finais de semana até outubro.
Primeiros a serem vacinados foram cães e gatos da Região Sul

A Prefeitura de Campinas prossegue, no próximo final de semana (21 e 22 de setembro), com a vacinação contra a raiva em cães e gatos. Nestes sábado e domingo serão vacinados, de graça, os animais da Região Sudoeste da cidade, dos bairros localizados no eixo Amoreiras-Ouro Verde.

Todos os animais com mais de dois meses, mesmo aqueles que já tomaram a vacina este ano, devem repetir a dose. A vacina não tem contra-indicações e até cadelas e gatas prenhas devem tomar a dose. A Secretaria de Saúde ainda está fazendo uma convocação especial para que os donos de gatos levem seus animais ao posto de vacinação. A cobertura vacinal de gatos em Campinas é baixa.

O Distrito de Saúde Sudoeste quer vacinar, pelo menos, 22 mil animais, 10% a mais que na última Campanha, realizada a partir do início da primavera de 2001. No próximo final de semana, será a vez de vacinar cães e gatos da Região Leste.

A raiva é causada por um vírus, pode acometer também o homem e não tem cura. O animal doente elimina o vírus pela saliva, transmitindo a doença quando morde, arranha ou lambe outro animal ou o homem.

Os cães e gatos são os principais transmissores de raiva para as pessoas. Por isso, a vacinação destes animais, que deve ser feita todos os anos, é muito importante para evitar que a doença acometa o homem.

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campinas, responsável pela coordenação geral da Campanha anti-rábica, tem uma preocupação especial com a questão da raiva no município. O vírus rábico circula na cidade acometendo, principalmente, bovinos e eqüinos em áreas rurais. Além disso, um morcego frugívoro – que se alimenta de frutos – infectado pelo vírus rábico foi encontrado em área urbana, na região do Taquaral, no Jardim Nossa Senhora Auxiliadora, no último trimestre.

Por isso, o CCZ reforça a importância da vacinação de cães e gatos. Estes animais são os principais transmissores da raiva para o homem devido ao contato muito próximo com as pessoas. No ano passado, uma mulher morreu de raiva no Estado de São Paulo depois de ter sido arranhada por seu gato, que tinha atacado um morcego infectado pelo vírus rábico.

Em campinas, o último caso de raiva em humano ocorreu em 1981. Em gato, o último caso ocorreu em 1999, no Parque Santa Bárbara, na Região Norte.

O CCZ ainda lembra que as pessoas não devem tocar animais desconhecidos, apartar brigas ou mexer em cadelas com filhotes para evitar agressões. Em caso de acidentes com animais, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde mais próximo.

O CCZ também informa que as pessoas não devem tocar em morcegos caídos, mesmo que estejam mortos. Eles podem transmitir a raiva através da saliva contida em seu corpo, já que têm o hábito de lamber-se. Se alguém encontrar um morcego nestas condições, o procedimento correto é acionar o CCZ pelos telefones 3245 1219 ou 3245 2268 ou 3245 7181.

As pessoas que quiserem informações mais detalhadas sobre os postos de vacinação podem ligar no telefone 156 ou no Centro de Controle de Zoonoses.

Primeira etapa - Balanço parcial da Secretaria de Saúde aponta que, no último final de semana (14 e 15 de setembro), foram vacinados, pelo menos, 27.355 animais na Região Sul de Campinas. O Distrito de Saúde Sul pretendia vacinar mais de 30.500 cães e gatos naquela região. Os dados totais devem ser apresentados nesta quarta-feira (19 de setembro).

A raiva em Campinas - Em 2002, já foram confirmados, em Campinas, 23 casos de raiva em bovinos e eqüinos e um em morcego. A maioria ocorreu na região do Taquaral, nos bairros Campo Belo, Bananal, Carlos Gomes, Recanto dos Dourados e Gargantilha.

A ocorrência da doença em animais que convivem próximos ao ser humano aumenta a possibilidade da doença, sempre fatal, atingir o homem. Por isso, é importante que as pessoas informem o Centro de Saúde ou o Escritório de Defesa Animal se algum animal morrer com suspeita de raiva ou por outro motivo desconhecido.

O controle da raiva dos herbívoros deve ser feito por meio de vacinação do rebanhos e do controle da população de morcegos. A vacinação em animais de grande porte é de responsabilidade do proprietário. Em áreas onde ocorrem muitos casos, a vacinação é obrigatória e deve ser feita a cada seis meses.

Outra medida importante no controle da raiva é a vacinação de cães e gatos. Em Campinas, a Prefeitura campanha de vacinação contra a raiva para estes animais todo ano. Além disso, o Centro de Controle de Zoonoses mantém a vacinação durante todo ano. A vacina é gratuita.

Também é importante que a população contribua para diminuir o número de animais abandonados que perambulam pelas ruas da cidade e evite crias indesejáveis. As crias podem ser evitadas prendendo a fêmea no cio ou por meio da castração.

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