A Prefeitura de
Campinas prossegue, no próximo final de semana (28 e 29 de
setembro), com a Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal.
Nestes sábado e domingo serão vacinados cães e gatos da Região
Leste de Campinas. As doses são gratuitas. A maioria dos postos
de vacinação funcionarão das 8h às 17h.
Todos os
animais com mais de dois meses, mesmo aqueles que já tomaram a
vacina este ano, devem repetir a dose. A vacina não tem
contra-indicações e até cadelas e gatas prenhes devem tomar a
dose. A Secretaria de Saúde está fazendo uma convocação
especial para que os donos de gatos levem seus animais ao posto
de vacinação, já que estes felinos são caçadores naturais
de morcegos, que podem ser transmissores de raiva. Nas últimas
campanhas, a cobertura vacinal de gatos em Campinas tem sido
baixa e vem diminuindo ano a ano.
O Distrito de
Saúde Leste pretende vacinar aproximadamente 17 mil animais. No
Sábado, os postos estarão nas áreas de abrangência do CS
(Centro de Saúde) 31 de Março, CS Centro (que inclui bairros
Cambuí, Centro e Nova Campinas), CS Conceição(Jd. Boa Esperança,
Flamboyant, Chácara da Barra e Jd. Planalto), CS Costa e Silva
(Vila Miguel Vicente Cury, Santa Genebra e Costa e Silva), CS São
Quirino (Vila Nogueira, Parque São Quirino, Jd. Santana, Nilópolis
e Pq Imperador) e Taquaral( Alto Taquaral, Mansões Santo Antônio,
Taquaral, Bela Vista, Jd. N. Senhora Auxiliadora).
No Domingo, os
postos estarão nas áreas de abrangência dos CS Sousas (que
inclui região da Vila Brandina e imediações da Sociedade Hípida
de Campinas) e CS Joaquim Egídio.
Notificação
O CCZ (Centro
de Controle de Zoonoses) de Campinas confirmou, na última
semana, mais um caso de raiva animal na cidade. Desta vez, a
notificação é de um morcego que foi encontrado caído, de
dia, no Centro de cidade, no Largo do Rosário.
Exames
laboratoriais, realizados pelo Instituto Pasteur, confirmaram
que o animal estava com o vírus da raiva. Trata-se de um
morcego que se alimenta de insetos – insetívoro - que,
coincidentemente, caiu próximo aos técnicos do CCZ, que
participavam de uma atividade educativa na praça.
A ocorrência
demonstra, mais uma vez, que o vírus que causa a raiva voltou a
circular, inclusive em áreas urbanas de Campinas. Isso
potencializa o risco da doença acometer, novamente, cães e
gatos e também expõe mais diretamente seus proprietários.
Por isso, é
muito importante que as pessoas vacinem seus cães e
principalmente gatos, já que esta é a única forma de prevenir
a raiva.
Prevenção
A Prefeitura de
Campinas realiza, anualmente, campanha gratuita de vacinação
contra a raiva animal. Na oportunidade, a população pode levar
seus cães e gatos a um posto próximo da sua casa para aplicar,
de graça, a dose que protege contra a doença.
No último
final de semana, a Campanha ocorreu na Região Sudoeste da
cidade, nos bairros localizados no eixo Amoreiras-Ouro Verde. As
equipes aplicaram 22.565 doses, sendo 21.019 em cães e 1.546 em
gatos. O total de animais vacinados é 7,7% maior do que em
2001, quando foram aplicadas 19.507 doses em cães.
De acordo com o
Médico Veterinário Cláudio Castagna, coordenador distrital da
Campanha na Sudoeste, todos os Centros de Saúde tiveram aumento
de doses aplicadas em relação ao ano anterior. Ele informa que
o resultado foi satisfatório, já que o distrito Sudoeste vinha
diminuindo a cobertura vacinal ano a ano. Cláudio informa ainda
que o Pasteur preconiza um crescimento de 4,5% no número de
animais vacinados a cada ano.
Saiba mais
sobre a raiva animal em Campinas
A raiva animal
vem avançando em Campinas desde 2000, quando foram
identificados os primeiros casos da doença em herbívoros –
bois, cavalos, porcos e ovelhas - na região de Joaquim Egídio.
Em 2001, a doença atingiu também Sousas e a área rural do
Taquaral e o município confirmou 30 casos entre bovinos, eqüinos
e quirópteros - morcegos.
Em 2002, já
foram confirmados 23 casos em herbívoros e dois em morcego. A
maioria ocorreu na área de abrangência do Centro de Saúde
Taquaral, nos bairros Campo Belo, Bananal, Carlos Gomes, Recanto
dos Dourados e Gargantilha.
A ocorrência
da doença em animais que convivem próximos ao ser humano
aumenta a possibilidade da doença, sempre fatal, atingir o
homem. Por isso, é importante que as pessoas informem o Centro
de Saúde ou o Escritório de Defesa Animal se algum animal
morrer com suspeita de raiva ou por outro motivo desconhecido.
Ocorrências
No ano passado,
uma mulher morreu de raiva no Estado de São Paulo depois de ter
sido arranhada por seu gato, que tinha atacado um morcego
infectado pelo vírus rábico.
Em campinas, o
último caso de raiva em humano ocorreu em 1981. Em gato, o último
caso ocorreu em 1999, no Parque Santa Bárbara, na Região
Norte.
O CCZ ainda
lembra que as pessoas não devem tocar animais desconhecidos,
apartar brigas ou mexer em cadelas com filhotes para evitar
agressões. Em caso de acidentes com animais, a pessoa deve
procurar o Centro de Saúde mais próximo.
O CCZ também
informa que as pessoas não devem tocar em morcegos caídos,
mesmo que estejam mortos. Eles podem transmitir a raiva através
da saliva contida em seu corpo, já que têm o hábito de
lamber-se. Se alguém encontrar um morcego nestas condições, o
procedimento correto é acionar o CCZ pelos telefones 3245 1219
ou 3245 2268 ou 3245 7181.
As pessoas que
quiserem informações mais detalhadas sobre os postos de vacinação
podem ligar no telefone 156 ou no Centro de Controle de
Zoonoses.