Rotavírus já atinge 723 em Campinas

17/09/2003

A Secretaria de Saúde de Campinas informou nesta quarta-feira, 17 de setembro, que a Vigilância Epidemiológica municipal já notificou 723 casos de pessoas com diarréias similares às causadas por rotavírus. O surto atinge bairros de todas as regiões do município, mas a maioria das ocorrências foram registradas nas regiões Sul, 274, e Noroeste, 277. As crianças menores de dez anos são as mais acometidas.

Segundo o médico sanitarista, Vicente Pisani Neto, coordenador da Vigilância Sanitária de Campinas, o final do inverno e início da primavera são épocas propícias para o aparecimento de surtos por rotavírus. "Porém, este ano, aumentou o número de notificações em relação a anos anteriores", diz.

Vicente explica que, no caso de diarréias que sugerem rotavírus, são colhidas amostras de fezes e realizados exames para a comprovação do vírus em um a cada dez pacientes. O critério de diagnóstico é feito com base nos sintomas e pelo histórico das pessoas, chamado tecnicamente de clínico epidemiológico. A Secretaria de Saúde informa que amostras enviadas para exame laboratorial confirmaram a infecção por rotavírus.

Os rotavírus são transmitidos pela via fecal-oral, por contato de pessoa a pessoa e também por meio de água, alimentos ou superfícies contaminadas. Contra o rotavírus existem somente medidas preventivas.

E a melhor forma de prevenção, de acordo com Vicente Pisani, é o reforço dos cuidados com a higiene, como limpeza dos ambientes domésticos e lavagem de mãos, principalmente antes das refeições, após ir ao banheiro e na confecção de alimentos. Também é fundamental o controle da água e dos alimentos e a destinação adequada do lixo e do esgoto.

A Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental (Covisa) da Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nota, no início de setembro, para reforçar as orientações para profissionais da rede municipal de saúde e de educação. "Todo profissional de saúde deve estar alerta para notificar novos casos o mais rapidamente possível. Somente desta maneira poderemos esclarecer a causa da doença e adotar providências necessárias para conter surtos", informa a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Secretaria de Saúde.

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