A Secretaria de
Saúde de Campinas informou nesta quarta-feira, 17 de
setembro, que a Vigilância Epidemiológica municipal já
notificou 723 casos de pessoas com diarréias similares às
causadas por rotavírus. O surto atinge bairros de todas as
regiões do município, mas a maioria das ocorrências foram
registradas nas regiões Sul, 274, e Noroeste, 277. As crianças
menores de dez anos são as mais acometidas.
Segundo o médico
sanitarista, Vicente Pisani Neto, coordenador da Vigilância
Sanitária de Campinas, o final do inverno e início da
primavera são épocas propícias para o aparecimento de
surtos por rotavírus. "Porém, este ano, aumentou o número
de notificações em relação a anos anteriores", diz.
Vicente
explica que, no caso de diarréias que sugerem rotavírus, são
colhidas amostras de fezes e realizados exames para a comprovação
do vírus em um a cada dez pacientes. O critério de diagnóstico
é feito com base nos sintomas e pelo histórico das pessoas,
chamado tecnicamente de clínico epidemiológico. A Secretaria
de Saúde informa que amostras enviadas para exame
laboratorial confirmaram a infecção por rotavírus.
Os rotavírus
são transmitidos pela via fecal-oral, por contato de pessoa a
pessoa e também por meio de água, alimentos ou superfícies
contaminadas. Contra o rotavírus existem somente medidas
preventivas.
E a melhor
forma de prevenção, de acordo com Vicente Pisani, é o reforço
dos cuidados com a higiene, como limpeza dos ambientes domésticos
e lavagem de mãos, principalmente antes das refeições, após
ir ao banheiro e na confecção de alimentos. Também é
fundamental o controle da água e dos alimentos e a destinação
adequada do lixo e do esgoto.
A
Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental (Covisa) da
Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nota, no início de
setembro, para reforçar as orientações para profissionais
da rede municipal de saúde e de educação. "Todo
profissional de saúde deve estar alerta para notificar novos
casos o mais rapidamente possível. Somente desta maneira
poderemos esclarecer a causa da doença e adotar providências
necessárias para conter surtos", informa a enfermeira
sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Secretaria de Saúde.