Saúde interdita clínica de hemodiálise

18/09/2003

Medida é cautelar, até que a empresa faça as adequações necessárias para atuar conforme as normas da Vigilância Sanitária

A Secretaria de Saúde de Campinas interditou nesta quinta-feira, 18 de setembro, a Clínica de Nefrologia e Diálise SC Ltda, de Barão Geraldo, responsável pela hemodiálise de cerca de 50 pacientes. A interdição ocorreu depois que técnicos das Vigilâncias em Saúde (Visas) Leste e Norte constataram que o estabelecimento atuava sem atender às normas técnicas determinadas pelo Ministério da Saúde.

Os pacientes que recebiam tratamento estão sendo transferidos para outros serviços de hemodiálise do município. As transferências estão sendo feitas pela Unidade de Avaliação e Controle (UAC) da Direção Regional de Saúde (Dir 12). A Associação dos Renais Crônicos de Campinas foi informada sobre a medida. Os serviços prestados pela Clínica são pagos pela Secretaria de Estado da Saúde com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

A hemodiálise é necessária para pessoas com insuficiência renal. O paciente é submetido a um procedimento que permite a filtragem do sangue por meio de uma máquina. Esta filtragem é feita naturalmente pelo corpo humano quando a pessoa tem um rim saudável.

Segundo o médico sanitarista Vicente Pisani Neto, coordenador da Vigilância Sanitária de Campinas, a interdição é cautelar, até que a empresa faça as adequações necessárias para atuar conforme as regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

As equipes constataram, no momento da vistoria, que a clínica atuava com condições inadequadas de higiene e que os procedimentos técnicos não atendiam às normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária. A clínica também não possuía o número suficiente de profissionais para prestar assistência a todos os pacientes.

Vicente informa que a hemodiálise é procedimento que necessita de muito rigor porque pode oferecer risco de infecção para o paciente. "O processo inadequado também pode resultar na filtragem incorreta do sangue", diz.

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