Campinas recebe mais 102 doses de vacina contra a catapora

29/09/2003

A Secretaria de Saúde de Campinas informou nesta segunda-feira, 29 de setembro, que recebeu mais 102 doses da vacina contra a catapora. Até esta data, a Direção Regional de Saúde de Campinas (DIR XII) enviou 1.801 das 1.965 doses solicitadas pela Vigilância Epidemiológica Municipal. As vacinas são utilizadas para interromper os surtos.

No total, desde o final de agosto, a Secretaria de Saúde de Campinas registrou 420 casos de catapora em 42 instituições municipais, a maioria delas escolas que atendem crianças na faixa etária de 1 a 4 anos. Não houve mortes.

A enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Secretaria de Saúde de Campinas, informa que a catapora não é uma doença que tem que ser informada à Vigilância Epidemiológica – não é de notificação obrigatória. No entanto, segundo Carmo Ferreira, surtos e epidemias devem ser registrados e acompanhados para que se conheça melhor o comportamento da doença.

Saiba mais - É uma doença altamente contagiosa e acomete mais as crianças. No entanto, pode atingir também adolescentes e adultos que não tenham tido catapora antes.

O vírus que causa a catapora é especialmente adaptado para atacar a mucosa do aparelho respiratório e se propaga facilmente de pessoa para pessoa pelas gotinhas de saliva deixadas no ar ao falar, espirrar, tossir e também pelo contato direto com as lesões. Ocorre com mais freqüência no final do inverno e início da primavera.

Tem curso benigno, portanto, na maioria dos casos, evolui num curto espaço de dias para a cura. O sintoma característico da doença é a pele com pintas, pequenas bolhas que coçam muito e que surgem primeiro no tronco e, gradualmente, se espalham pela face, onde acomete couro cabeludo, lábios, boca e orelhas. Atinge também braços e pernas.

As crianças podem ficar extremamente irritadas pela coceira intensa e ter febre, calafrios, náuseas e vômitos.

Em adolescentes e adultos a doença é mais exuberante e nas pessoas imunocomprometidas há maior risco de complicações. A maioria dos casos – 90% - ocorrem em pessoas com menos de 15 anos de idade.

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