Vacinação contra a poliomielite e o sarampo continua em Campinas até 10 de setembro

03/09/2004

Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas prorrogou até a próxima sexta-feira, 10 de setembro, a Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil e o Sarampo. Oficialmente, a campanha terminaria nesta sexta-feira, 3 de setembro. Mas em Campinas a vacinação continua pois as metas não foram alcançadas. A medida foi recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os municípios brasileiros que não conseguiram vacinar pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos.

De acordo com os dados repassados pelos Centros de Saúde e Módulos Paidéia de Saúde da Família de Campinas, até quinta-feira, 2 de setembro, 57,8 mil crianças do município tinham sido vacinadas contra a poliomielite. O número representa 77,1% de cobertura. Em relação ao sarampo, a cobertura atingiu 78%, com 47,3 mil crianças vacinadas na cidade.

"Se nós não vacinarmos todas as crianças contra o sarampo e a pólio, aumenta o risco destas doenças, que todo ano causam a morte de milhares no mundo, voltarem a ocorrer no Brasil", diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Vigilância em Saúde de Campinas.

Portanto, informa Brigina, os pais ou responsáveis podem e devem levar as crianças menores de cinco anos que ainda não receberam as vacinas ao posto de vacinação mais próximo. A dose contra a paralisia infantil está indicada para todas crianças de 0 a 5 anos e a vacina contra o sarampo para a população com idade entre 1 e cinco anos. As vacinas são gratuitas.

A Vigilância em Saúde de Campinas, informa, ainda, que os pais e responsáveis poderão atualizar o cartão de vacinação da criança, caso não tenha recebido vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações. Vale ressaltar que as doses contra a pólio e o sarampo serão aplicadas mesmo sem o cartão.

Recurso. O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 103,5 milhões, dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas (cerca de R$ 10 milhões para as doses contra a pólio e cerca de 77 milhões para as doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba), R$ 11,3 milhões em repasses para as secretarias estaduais de Saúde operacionalizarem a vacinação e aproximadamente R$ 4,5 milhões para a divulgação da campanha.

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