Denize Assis
A Secretaria de
Saúde de Campinas prorrogou até a próxima sexta-feira, 10 de
setembro, a Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil
e o Sarampo. Oficialmente, a campanha terminaria nesta
sexta-feira, 3 de setembro. Mas em Campinas a vacinação
continua pois as metas não foram alcançadas. A medida foi
recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os municípios
brasileiros que não conseguiram vacinar pelo menos 95% das
crianças menores de cinco anos.
De acordo com
os dados repassados pelos Centros de Saúde e Módulos Paidéia
de Saúde da Família de Campinas, até quinta-feira, 2 de
setembro, 57,8 mil crianças do município tinham sido vacinadas
contra a poliomielite. O número representa 77,1% de cobertura.
Em relação ao sarampo, a cobertura atingiu 78%, com 47,3 mil
crianças vacinadas na cidade.
"Se nós não
vacinarmos todas as crianças contra o sarampo e a pólio,
aumenta o risco destas doenças, que todo ano causam a morte de
milhares no mundo, voltarem a ocorrer no Brasil", diz a
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Vigilância em Saúde de
Campinas.
Portanto,
informa Brigina, os pais ou responsáveis podem e devem levar as
crianças menores de cinco anos que ainda não receberam as
vacinas ao posto de vacinação mais próximo. A dose contra a
paralisia infantil está indicada para todas crianças de 0 a 5
anos e a vacina contra o sarampo para a população com idade
entre 1 e cinco anos. As vacinas são gratuitas.
A Vigilância
em Saúde de Campinas, informa, ainda, que os pais e responsáveis
poderão atualizar o cartão de vacinação da criança, caso não
tenha recebido vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de
Imunizações. Vale ressaltar que as doses contra a pólio e o
sarampo serão aplicadas mesmo sem o cartão.
Recurso.
O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 103,5 milhões,
dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas (cerca de R$ 10
milhões para as doses contra a pólio e cerca de 77 milhões
para as doses da tríplice viral, que protege contra sarampo,
rubéola e caxumba), R$ 11,3 milhões em repasses para as
secretarias estaduais de Saúde operacionalizarem a vacinação
e aproximadamente R$ 4,5 milhões para a divulgação da
campanha.