Atividades marcam dia da epilepsia em Campinas

09/09/2004

Talita El Kadri

Para marcar o Dia Municipal e o Dia Latino-americano da Epilepsia, 9 de setembro, o Projeto ASPE, de Assistência à Saúde do Paciente com Epilepsia, com o apoio da Secretaria de Saúde de Campinas e em parceria com a Epi-Brasil, representante nacional das associações de pacientes com epilepsia, promove, desde quarta-feira, dia 8, até esta sexta-feira, dia 10, entre 14h e 17h, palestras sobre a doença no Salão Vermelho da Prefeitura.

O evento é direcionado a assistentes sociais, psicólogos, médicos, profissionais da saúde em geral, profissionais da área de educação, pessoas com epilepsia e familiares e pessoas interessadas no tema. Cerca de 100 pessoas, incluindo profissionais de outras cidades como Itu, Jundiaí, Pedreira, Salto entre outros, já participaram dos dois primeiros dias de atividades.

A médica neurologista voluntária do Projeto ASPE e uma das organizadoras do evento, Susana Baretto Mory, afirma que o objetivo da atividade é divulgar a epilepsia e desmistificar os preconceitos em relação à doença. Ela informa que, desde o ano passado, o dia 9 de setembro é também Dia Municipal da Epilepsia em Campinas.

No último dia de atividades o tema discutido será epilepsia e cidadania. Os palestrantes serão Maria Carmen Fernandes, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puc-Campinas), Maristela Lara Dante Welffort, da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC) e Li Li Min, presidente do Projeto ASPE.

Projeto. O projeto ASPE, que conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Liga Internacional de Epilepsia, disponibiliza ainda, na entrada das Colinas do Shopping Dom Pedro, um estande com folhetos e um profissional de saúde para orientação sobre epilepsia. "Queremos melhorar a saúde do paciente de epilepsia. Para isso, promovemos essas ações e capacitamos profissionais", diz Susana. Ela ressalta que o projeto incentiva a criação de uma associação de pacientes de epilepsia em Campinas.

A doença. A epilepsia é uma condição neurológica que acomete cerca de 1,8% da população brasileira. Segundo a médica neurologista, pelo menos 50% dos casos têm início na infância ou na adolescência do indivíduo, e existe tratamento.

Susana alerta que, numa crise epiléptica, a vítima deve ser colocada de lado para não engolir saliva e é preciso protegê-la para que não se machuque ao se debater. "Existem mitos que devem ser derrubados como colocar objetos na boa da pessoa e segurar ou desenrolar a língua, pois ela não enrola. Também não deve-se sacudir a pessoa ou dar qualquer coisa para que ela inale".

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