Talita El Kadri
Para marcar o
Dia Municipal e o Dia Latino-americano da Epilepsia, 9 de
setembro, o Projeto ASPE, de Assistência à Saúde do
Paciente com Epilepsia, com o apoio da Secretaria de Saúde de
Campinas e em parceria com a Epi-Brasil, representante
nacional das associações de pacientes com epilepsia,
promove, desde quarta-feira, dia 8, até esta sexta-feira, dia
10, entre 14h e 17h, palestras sobre a doença no Salão
Vermelho da Prefeitura.
O evento é
direcionado a assistentes sociais, psicólogos, médicos,
profissionais da saúde em geral, profissionais da área de
educação, pessoas com epilepsia e familiares e pessoas
interessadas no tema. Cerca de 100 pessoas, incluindo
profissionais de outras cidades como Itu, Jundiaí, Pedreira,
Salto entre outros, já participaram dos dois primeiros dias
de atividades.
A médica
neurologista voluntária do Projeto ASPE e uma das
organizadoras do evento, Susana Baretto Mory, afirma que o
objetivo da atividade é divulgar a epilepsia e desmistificar
os preconceitos em relação à doença. Ela informa que,
desde o ano passado, o dia 9 de setembro é também Dia
Municipal da Epilepsia em Campinas.
No último
dia de atividades o tema discutido será epilepsia e
cidadania. Os palestrantes serão Maria Carmen Fernandes, da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puc-Campinas),
Maristela Lara Dante Welffort, da Federação das Entidades
Assistenciais de Campinas (FEAC) e Li Li Min, presidente do
Projeto ASPE.
Projeto.
O projeto ASPE, que conta com o apoio da Organização Mundial
de Saúde (OMS) e da Liga Internacional de Epilepsia,
disponibiliza ainda, na entrada das Colinas do Shopping Dom
Pedro, um estande com folhetos e um profissional de saúde
para orientação sobre epilepsia. "Queremos melhorar a
saúde do paciente de epilepsia. Para isso, promovemos essas ações
e capacitamos profissionais", diz Susana. Ela ressalta
que o projeto incentiva a criação de uma associação de
pacientes de epilepsia em Campinas.
A doença. A
epilepsia é uma condição neurológica que acomete cerca de
1,8% da população brasileira. Segundo a médica
neurologista, pelo menos 50% dos casos têm início na infância
ou na adolescência do indivíduo, e existe tratamento.
Susana alerta
que, numa crise epiléptica, a vítima deve ser colocada de
lado para não engolir saliva e é preciso protegê-la para
que não se machuque ao se debater. "Existem mitos que
devem ser derrubados como colocar objetos na boa da pessoa e
segurar ou desenrolar a língua, pois ela não enrola. Também
não deve-se sacudir a pessoa ou dar qualquer coisa para que
ela inale".