A
Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, por meio
da Vigilância em Saúde (Visa) Norte, pretende
atingir pelo menos 3 mil pessoas numa atividade de
prevenção e controle da dengue no Mercado das Flores
da Centrais de Abastecimento S/A (Ceasa), nesta
quinta-feira, dia 1º de setembro. A atividade,
desencadeada por solicitação do próprio mercado e
com apoio da Ceasa, teve início às 7 da manhã e vai
ocorrer durante todo período de expediente da
instituição.
Além
das informações sobre a doença e orientações
sobre como evitar a proliferação do mosquito Aedes
aegypti, vetor do vírus da dengue, as pessoas vão
poder conhecer um pouco sobre animais da fauna sinantrópica
– aranhas, escorpiões e outros - que atingem o
setor de flores e maneiras de evitar sua disseminação.
Para
desenvolver a ação, a Visa Norte mobilizou 15
profissionais das diversas áreas da saúde entre os
quais agentes comunitários de saúde dos Centros de
Saúde (CSs) de Barão Geraldo e do São Marcos,
supervisores de controle ambiental, médicos veterinários
e técnicos em zoonoses.
"O
objetivo é atingir o público que atua no mercado de
flores já que este é um setor que trabalha com
atividades de risco para a dengue por conta da
disponibilidade dos recipientes que acumulam água e
que, se não cuidados, podem se transformar em
criadouros", diz Roberto Ribeiro de Souza,
supervisor de controle ambiental da Visa Norte.
O
supervisor informa que o grande problema para combater
o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução
ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar
água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas, como
caixas d'água, barris, tambores, pratos e vasos de
plantas ou flores, folhas de plantas, tocos e bambus,
buracos de árvores e muitos outros onde a água da
chuva é coletada ou armazenada.
"Portanto,
considerando essa facilidade de disseminação,
podemos dimensionar o grau de dificuldade para
efetivamente combater a doença - o que só é possível
com a quebra da cadeia de transmissão, eliminando o
mosquito dos locais onde se reproduzem", diz.
Assim,
segundo Roberto, a prevenção e as medidas de combate
exigem a participação e a mobilização de toda a
comunidade a partir da adoção de medidas que visam a
interrupção do ciclo de transmissão e contaminação.
"Caso contrário, as ações isoladas poderão
ser insuficientes para acabar com os focos da doença",
afirma.
Roberto
diz que a Visa ainda trabalha com a expectativa de que
o público atingido hoje possa se transformar em
multiplicador das informações sobre o tema nos próprios
ambientes de trabalho, entre o público consumidor de
flores e também nas suas casas, suas comunidades.
"Vamos mostrar, durante as atividades, o certo e
o errado quando o assunto é dengue e orientar sobre
que atitudes adotar para manter uma relação saudável
com o meio ambiente e com as outras espécies evitado
assim a dengue e outras doenças", diz o
supervisor.
Dados.
Campinas enfrenta surtos epidêmicos de dengue há
nove anos consecutivos, sendo que o maior número de
casos – 1,4 mil casos -, foi registrado em 2002. Em
2003, houve 450 confirmações e, no ano passado, 24.
Este ano, foram registrados 108, sendo que as áreas
do Rosália, Região Norte, e do São Domingos, Região
Sul, registraram o maior número de ocorrências.
Os
sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no
corpo e dor atrás dos olhos. A pessoa com a doença
também pode apresentar dor nas juntas e manchas
vermelhas na pele. Ao manifestar algum destes sinais,
o cidadão deve procurar o Centro de Saúde
rapidamente.
Denize
Assis