A
Secretaria de Saúde de Campinas pretende vacinar 21
mil animais entre gatos e cães neste final de semana,
dias 3 e 4 de setembro, na primeira etapa da Campanha
de Vacinação contra a Raiva Animal que ocorre, das
8h às 17h, na Região Sudoeste da cidade. Para alcançar
este objetivo, a Vigilância em Saúde (Visa) Sudoeste
vai mobilizar mais de 300 servidores que vão atuar em
54 postos de vacinação e em áreas de suporte como
manutenção, almoxarifado, Departamento de
Transportes Interno (Deti) e no Centro de Controle de
Zoonoses (CCZ).
A
vacinação acontece nas outras regiões da cidade
(Norte, Noroeste, Sul e Leste) em sábados e domingos
até o final de setembro e também no primeiro final
de semana de outubro. A meta, pactuada com o Instituto
Pasteur, é vacinar, durante toda a campanha, pelo
menos 13 mil gatos e 130 mil cães em toda cidade.
O médico
veterinário Cláudio Luiz Castagna, da Visa Sudoeste,
informa que a vacina não tem contra-indicação e que
todos os animais com mais de dois meses, inclusive
gatas e cadelas prenhes, que estejam amamentando, no
cio e mesmo que já tenham recebido a vacina este ano,
devem ser tomar a dose na campanha. "Pessoas que
têm três ou mais gatos e encontram dificuldades para
conduzir os animais ao posto de vacinação devem
procurar orientação nos Centros de Saúde",
informa o veterinário.
Cláudio
afirma que é responsabilidade do proprietário
vacinar seu gato e cão todos os anos contra a raiva
animal. "A Prefeitura promove campanha anual e não
é necessário pagar pelas doses", informa.
Segundo Cláudio, gatos e cães são os principais
transmissores da raiva, doença fatal, para as
pessoas, sobretudo em áreas urbanas. "O gato
principalmente, por seus hábitos de caça, pode
atacar um morcego contaminado, infectar-se e assim
passar a ser um potencial transmissor do vírus rábico.
Por isso, é fundamental manter os animais domésticos
em dia com a vacinação", afirma.
Para
convocar a população a levar seus animais aos
postos, a Secretaria de Saúde contratou carros-som
que percorrem amanhã, sábado e no domingo os bairros
nos quais ocorre a vacinação. Também foram
colocadas faixas e cartazes e distribuídos folhetos
com informações sobre a campanha em locais de grande
fluxo de pessoas.
Informações
sobre os postos de vacinação estão sendo divulgadas
pelo telefone 156 da Prefeitura, pelos telefones do
CCZ que são 3245-1219 ou 3245-2268, e no portal da
Secretaria Municipal de Saúde (www.campinas.sp.gov.br/saude).
A Visa Sudoeste conta também, para a divulgação,
com apoio da mídia impressa e de rádio e televisão.
Saiba
mais.
A raiva é uma doença que acomete todas as espécies
de mamíferos e que pode ser transmitida aos homens,
sendo portanto, uma zoonose. É causada por um vírus
mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e
é uma das doenças mais antigas da humanidade,
havendo relatos desde o século 24 antes de Cristo.
A
principal forma de transmissão da raiva é pelo depósito
de saliva contendo o vírus rábico em pele ou
mucosa por meio de mordedura, arranhadura e
lambedura. No meio urbano, o principal transmissor
da doença para o homem é o cão – cerca de 80%
dos casos -, seguido do gato. O Brasil é o país
com o maior número de casos de raiva humana na América
Latina.
Campinas.
Apesar de Campinas ser considerada como área de raiva
controlada – os últimos casos em humano e em cão
ocorreram no início da década de 80 -, o município
voltou a registrar casos em morcegos não hematófagos
em 1998, um caso em gato 99, e casos em herbívoros
– bois, cavalos entre outros – em 2000, na área
de Joaquim Egídeo, na Região Leste, tendo a doença
avançado, em 2001 e 2002, para outros bairros da
Leste, entre os quais o Carlos Gomes.
Com
um intenso trabalho que incluiu reforço nas estratégias
de vigilância epidemiológica, mapeamento das colônias
de morcegos hematófagos e ações de educação em saúde,
os casos em herbívoros cessaram e, a partir de 2003,
têm sido registradas ocorrências somente em morcegos
não hematófagos – frugívoros e insetívoros - em
áreas da Região Norte, como Barão Geraldo, e ainda
na Leste, no Centro da cidade.
Segundo
a Vigilância em Saúde da Prefeitura, a ocorrência
desta doença em animais de grande porte e em
morcegos não hematófagos aumenta o risco de este
agravo voltar a atingir humanos. Esta situação
demanda um intenso trabalho de vigilância epidemiológica,
altas coberturas vacinais de cães e gatos e ações
de educação em saúde e mobilização social. É
com esta diretriz que a Secretaria de Saúde realiza
as campanhas anuais de vacinação.
Confira
onde acontecem as próximas etapas da Campanha:
10 e
11 de setembro: Região Norte
17 e
18 de setembro: Região Noroeste
24 e
25 de setembro: Região Sul
8 e 9
de outubro: Região Leste
Denize
Assis