Teatro de fantoches leva noções de saúde bucal a crianças portadoras de deficiência

22/09/2005

Um grupo de profissionais da Secretaria de Saúde de Campinas apresentou nesta terça-feira, dia 20 de setembro, na Casa da Criança Paralítica, para portadores de deficiências e seus familiares, o teatro de fantoches A festa da Boquinha Sorridente. O evento integrou a programação da Semana de Saúde Bucal da entidade e marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, em 21 de setembro.

A peça conta a história de Juninho, um menino que come doces o dia inteiro, usa chupeta e mamadeira e não gosta de escovar os dentes. Com a ajuda de duas amigas, Clara e Lili, o garoto é convencido a ir até o dentista. A peça apresenta também a bala Malusquinha e relata a luta da Fada dos Bons Dentes com as Bactérias. No final, Juninho se convence de que escovar os dentes faz bem, deixa a chupeta e a mamadeira, passa a tomar leite no copo e até ganha um beijo de uma das amigas.

A peça, de autoria da Técnica de Higiene Dental (THD) Damares Lustosa de Oliveira, do Centro de Saúde (CS) Costa e Silva, conta com um elenco formado por Auxiliares de Consultório Dentário (ACDs) e THDs que atuam na Secretaria Municipal de Saúde. “A ação é parte dos trabalhos realizados em campo, nas escolas e outras instituições, pelas equipes de saúde bucal”, diz Damares.

A apresentação encantou as crianças. “É bom escovar os dentes. Também é gostoso. E a parte que mais gostei foi aquela em que a Lili beijou o Juninho”, disse Rafaela Caroline Ribeiro de Almeida, de 7 anos, uma das crianças assistidas pela Casa da Criança Paralítica.

Para Lucas Benevides, de 13 anos, o melhor da ‘festa’ foi dançar e cantar com os personagens. “Foi muito legal. Também aprendi que tem que escovar os dentes depois de comer doces, para evitar a cárie”, disse. Lucas estava acompanhado de sua mãe, a dona de casa Sandra Regina Delatesta Benevides, que considerou a iniciativa do teatro como muito importante. “É mais um incentivo. Colabora na conquista da autonomia do meu filho”, afirmou Sandra.

Os especialistas dizem que a educação é um dos principais fatores de inclusão para a pessoa portadora de deficiência. “O resultado é muito positivo. No caso específico do evento de hoje, com foco na saúde bucal, o reflexo é para a saúde como um todo e também contribui para que eles sejam mais felizes. Além disso, traz o Centro de Saúde para dentro da instituição, integra a equipe multidisciplinar que atende as crianças e, o mais importante, ajuda na construção da cidadania para essas pessoas”, disse Sílvia Regina Bergo, dentista cedida pela Secretaria Municipal de Saúde para a Casa da Criança Paralítica.

Além de Sílvia, a equipe de saúde bucal da entidade conta com outros três profissionais voluntários.

Saiba mais. Fundada em 1954, atualmente a Organização Não Governamental (ONG) Casa da Criança Paralítica atende a 166 crianças e adolescentes de Campinas e Região portadores de deficiência, entre as quais as acometidas por mielomeningocele, paralisia cerebral e algumas síndromes.

A instituição possui serviços especializados nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, serviço social, médico, odontológico, informática, brinquedoteca, estimulação pedagógica, além de sala de aula. Também dispõe de departamento administrativo e de uma diretoria voluntária.

A Casa da Criança Paralítica fica na rua Pedro Domingos Vitalli, 160, no Parque Itália, telefone (19) 3772-7230.

Denize Assis

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