A
Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal
de Saúde, pretende vacinar 17 mil cães e 1.725 gatos na
terceira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Raiva,
no próximo final de semana, dias 23 e 24 de setembro, na
Região Norte da cidade. Mais de 300 servidores vão
trabalhar em 53 postos, no período das 8 da manhã às 5
da tarde nos dois dias. Alguns pontos vão atuar apenas
em meio período, ou de manhã ou à tarde. Para a zona
rural, serão disponibilizadas equipes volantes. As doses
são gratuitas.
De acordo
com a médica veterinária Tosca de Lucca Benini, da
Vigilância em Saúde (Visa) Norte, todos os animais com
mais de três meses, mesmo os que já tenham tomado a
vacina este ano, inclusive fêmeas prenhes ou no período
de amamentação e animais idosos devem ser vacinados. “A
vacina não tem contra-indicações. No caso de dúvidas, a
pessoa pode esclarecê-las no próprio posto de
vacinação”, afirma. Tosca informa que a dose é aplicada
por profissionais capacitados, portanto da forma
tecnicamente correta e dentro das condições adequadas de
conservação e manipulação. “Não são disponibilizadas
doses para serem levadas para casa”, diz.
Para
sensibilizar a comunidade sobre a importância da
vacinação dos animais domésticos contra a raiva, a Visa
Norte produziu um folheto que começou a ser distribuído
em agosto, na segunda fase da Campanha de Vacinação
contra a Paralisia Infantil. O material enfoca também a
importância de imunizar os gatos e dá dicas de como o
proprietário deve levar este animal de modo seguro ao
posto de vacinas.
“Aproveitamos a oportunidade da Campólio, já que o fluxo
de pessoas é grande nesta oportunidade”, afirma Tosca.
Além dos folhetos, a Secretaria de Saúde vai utilizar
outros meios de tornar público o evento, como veicular
carros de som e disponibilizar faixas com mensagens que
convocam para a campanha. A Secretaria ainda conta com o
apoio da mídia para a divulgação.
Saiba mais.
A raiva é uma doença que acomete mamíferos e que pode
ser transmitida aos homens, sendo portanto, uma zoonose.
É causada por um vírus mortal, tanto para os homens
quanto para os animais. Segundo o Instituto Pasteur, no
Brasil, em espaços urbanos, o principal transmissor da
raiva para o homem é o cão, seguido do gato. Em espaços
rurais é o morcego.
Por isso, Tosca reforça a
importância de manter gatos e cães vacinados, uma vez
que, se estes animais não estiverem protegidos, aumenta
muito o risco de serem registrados casos em animais e em
humanos. A veterinária explica que a transmissão ocorre
quando o vírus da raiva existente na saliva do animal
infectado penetra no organismo, através da pele ou
mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo
não existindo necessariamente agressão. “A transmissão
pode ocorrer diretamente do morcego para o ser humano,
do morcego para o animal e do animal infectado para o
homem”, diz.
Em
Campinas, os últimos casos de raiva registrados em
humano e em cão foram no início dos anos de 1.980. Em
gato, a última ocorrência foi notificada em 1.999. No
entanto, no Brasil, a raiva humana ainda faz muitas
vítimas, sendo nosso País o que mais registra casos de
raiva humana na América Latina.
Informações sobre os postos de vacinação estão sendo
divulgadas pelo telefone 156 da Prefeitura, pelos
telefones do CCZ que são 3245-1219 ou 3245-2268, e no
portal de Secretaria de Saúde (www.campinas.sp.gov.br/saude).
Denize
Assis