Prefeitura pretende vacinar 18,7 mil animais na terceira etapa contra a raiva

21/09/2006

A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, pretende vacinar 17 mil cães e 1.725 gatos na terceira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Raiva, no próximo final de semana, dias 23 e 24 de setembro, na Região Norte da cidade. Mais de 300 servidores vão trabalhar em 53 postos, no período das 8 da manhã às 5 da tarde nos dois dias. Alguns pontos vão atuar apenas em meio período, ou de manhã ou à tarde. Para a zona rural, serão disponibilizadas equipes volantes. As doses são gratuitas.

De acordo com a médica veterinária Tosca de Lucca Benini, da Vigilância em Saúde (Visa) Norte, todos os animais com mais de três meses, mesmo os que já tenham tomado a vacina este ano, inclusive fêmeas prenhes ou no período de amamentação e animais idosos devem ser vacinados. “A vacina não tem contra-indicações. No caso de dúvidas, a pessoa pode esclarecê-las no próprio posto de vacinação”, afirma. Tosca informa que a dose é aplicada por profissionais capacitados, portanto da forma tecnicamente correta e dentro das condições adequadas de conservação e manipulação. “Não são disponibilizadas doses para serem levadas para casa”, diz.

Para sensibilizar a comunidade sobre a importância da vacinação dos animais domésticos contra a raiva, a Visa Norte produziu um folheto que começou a ser distribuído em agosto, na segunda fase da Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil. O material enfoca também a importância de imunizar os gatos e dá dicas de como o proprietário deve levar este animal de modo seguro ao posto de vacinas.

“Aproveitamos a oportunidade da Campólio, já que o fluxo de pessoas é grande nesta oportunidade”, afirma Tosca. Além dos folhetos, a Secretaria de Saúde vai utilizar outros meios de tornar público o evento, como veicular carros de som e disponibilizar faixas com mensagens que convocam para a campanha. A Secretaria ainda conta com o apoio da mídia para a divulgação.

Saiba mais. A raiva é uma doença que acomete mamíferos e que pode ser transmitida aos homens, sendo portanto, uma zoonose. É causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais. Segundo o Instituto Pasteur, no Brasil, em espaços urbanos, o principal transmissor da raiva para o homem é o cão, seguido do gato. Em espaços rurais é o morcego.

Por isso, Tosca reforça a importância de manter gatos e cães vacinados, uma vez que, se estes animais não estiverem protegidos, aumenta muito o risco de serem registrados casos em animais e em humanos. A veterinária explica que a transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo necessariamente agressão. “A transmissão pode ocorrer diretamente do morcego para o ser humano, do morcego para o animal e do animal infectado para o homem”, diz.

Em Campinas, os últimos casos de raiva registrados em humano e em cão foram no início dos anos de 1.980. Em gato, a última ocorrência foi notificada em 1.999. No entanto, no Brasil, a raiva humana ainda faz muitas vítimas, sendo nosso País o que mais registra casos de raiva humana na América Latina.

Informações sobre os postos de vacinação estão sendo divulgadas pelo telefone 156 da Prefeitura, pelos telefones do CCZ que são 3245-1219 ou 3245-2268, e no portal de Secretaria de Saúde (www.campinas.sp.gov.br/saude).

Denize Assis

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