Campinas prepara equipes para Pesquisa de cobertura vacinal

20/09/2007

Autor: Denize Assis

A secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, promoveu nesta quarta feira, dia 19 de setembro, capacitação para profissionais que vão trabalhar na pesquisa de cobertura vacinal a ser realizada em Campinas a partir de 29 de setembro e até 20 de outubro, preferencialmente aos sábados e domingos. O evento aconteceu na Associação dos Cirurgiões Dentistas (ACDC) e contou com um público de cerca de 50 pessoas.

O objetivo é avaliar a cobertura vacinal nas crianças nascidas em 2005 em relação a todas as vacinas que fazem parte do calendário de rotina do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. O Programa de Imunização brasileiro é reconhecido nacional e internacionalmente pelo seu êxito na erradicação e controle das doenças preveníveis por vacina.

A pesquisa vai estimar a cobertura vacinal por Distrito de Saúde – são cinco, distribuídos um em cada região da cidade - e de acordo com as condições de vida (por estratos). Serão estudadas 150 áreas em toda cidade. O resultado vai possibilitar que a Secretaria de Saúde obtenha informações mais precisas e, assim, possa redirecionar estratégias para aprimorar a cobertura vacinal no município.

A enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, informa que, conforme preconizado pela Organização Pan-Americana da Saúde, a pesquisa é realizada por amostra e de forma aleatória. Portanto, a partir de sorteio, serão pesquisados domicílios dentro da coorte visando atingir uma criança a cada grupo de 13 nascidas entre 1 janeiro e 31 de dezembro de 2005.

As informações obtidas serão sigilosas e os resultados não serão divulgados nominando pessoas. “Os entrevistadores selecionados vão atuar devidamente identificados e estão sendo treinados para a atividade, que é gratuita. Portanto, a população pode receber com tranqüilidade as equipes. O telefone 156 da Prefeitura funcionará como retaguarda para informar pessoas que estiverem com dúvidas”, diz Brigina.

A sanitarista afirma que a Secretaria de Saúde, na sua rotina, avalia a cobertura vacinal com base em dados administrativos registrados pelas unidades básicas de saúde e que estão sujeitos a distorções de registro, imprecisões na estimativa de população alvo e outros erros.

“A ocorrência de epidemias – como a de sarampo no Estado de São Paulo em 1997 e as de caxumba e rubéola ocorridas recentemente -, mesmo com altas coberturas vacinais, tem demonstrado a imprecisão dessas estimativas. Por isso, a pesquisa é importante e as pessoas devem colaborar recebendo as equipes e fornecendo os dados. O resultado é importante para aprimorar nosso trabalho e assegurar que todas as crianças estejam vacinadas adequadamente, evitando a constituição de grupos de pessoas não protegidas contra doenças”, diz Brigina.

Em todo Brasil, concomitante com o estudo de Campinas, pesquisa com a mesma metodologia será aplicada em 26 capitais e no Distrito Federal. O projeto da pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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